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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Religião Cristã e Os Mitos Pagãos




         Embora ainda cause espanto, cabe esclarecer que o cristianismo não possui símbolos religiosos originais, estes, juntamente com as narrações sobre a criação, dilúvio, costumes, festas e outras tradições, procedem das tradições sumérias, egípcias, persas, indianas e gregas. Tal procedimento foi amplamente justificado por bispos e doutores que acreditavam ser esta a melhor maneira de cativar os pagãos.   O símbolo do peixe que a igreja procurou associar a Pedro, como pescador, ou a Jesus, como pescador de almas, nos mostra um pouco das tentativas de adaptação de certos elementos.

         Esta figura aparecia desenhada nas catacumbas onde se reuniam os cristãos, no entanto é crença muito antiga que ainda hoje é sustentada por várias correntes esotéricas, que a Terra atravessa ciclos astrológicos, sendo o de peixes o ciclo em que Jesus havia se manifestado; daí o uso do peixe associado a sua imagem.  Existe também  a explicação que afirma ser o peixe símbolo do cristianismo, pelo fato de Ichtus (peixe no grego), ser a sigla de Yesus Christos Theos Huyos Soter (Jesus Cristo filho de Deus salvador). 

         A representação de Jesus como cordeiro segundo as autoridades da igreja, se deve ao fato deste ser um animal muito dócil e pelo seu uso no passado em cerimônias sacrificiais. Todavia, o cordeiro está fortemente associado á Mitra, um dos deuses do panteão persa, cuja influência chegou até Roma. O imperador Constantino, que por questões políticas adotou a igreja cristã, era um dos seus ardentes adoradores, como o seu próprio pai. Mitra era o deus-sol  e sua festa principal ocorria no dia 25 de dezembro (solstício de inverno), data de nascimento de todos os deuses solares, tais como Baco ou Dionísio (grego), Adonis (fenício), Attis (frigia) e Osíris (egípcio).  Não podemos esquecer que o Cristo judeu traz na sua biografia elementos que também figuravam na de seus antecessores mitológicos. Cristo é uma forma grega do termo “krishna”, que quer dizer “filho do sol”, portanto é importante fazermos uma diferença entre o Jesus histórico e o cristo místico.

        Foi tentando adaptar-se  para melhor absorver os fiéis do mundo não-cristão que a igreja ocidental promoveu a mudança do natal de 6 de janeiro para o dia 25 de dezembro, o que foi amplamente reprovado pelas igrejas da Síria e da Armênia, data que só se tornou oficial no ano de 527 d.C., é bom lembrar que tanto o natal como a páscoa tem origem ligada aos astros, o primeiro ao sol e o segundo a lua. A palavra  páscoa na língua inglesa é “easter”, uma homenagem  a deusa “Ishtar” que por muitos milênios foi venerada nas regiões que abrangiam os rios Tigres e Eufrates.

        Quando, no passado, alguém apresentava fatos ou descobertas contrariando o que fora estabelecido  pela igreja,  era acusado de heresia e de estar sendo usado pelo diabo.  Algumas pessoas com medo da morte na fogueira tiveram que se retratar perante a igreja, entre eles Galileu, que apontara o erro da igreja ao afirmar que a Terra era o centro do universo. Outros, contudo, como Giordano Bruno, preferiram morrer a negar as hipóteses que criam  ser verdadeiras. Ao Criador são atribuídos os sofrimentos causados pelas catástrofes naturais – furacões, terremotos etc. – estes são até chamados de “atos de Deus”.

        Por que usamos  esta expressão? A razão é simples: segundo a mitologia grega, Zeus, geralmente retratado com um raio na mão e que corresponde a Júpiter (romanos) e Yahweh (hebreu), era o Deus do céu e do tempo. Ele seria, pois, o responsável direto pelos sofrimentos a eles imputados. Ao redor desta e outras crenças primitivas, os sacerdotes aos poucos edificaram um sistema religioso com rituais e cerimônias apropriados, muitos dos quais, com pequenas modificações, e que são encontrados ainda hoje nas religiões modernas.

Estes elementos sem dúvida têm sua origem nas religiões pagãs da antiguidade:

Anunciação do nascimento – Do mesmo modo como foi anunciado o nascimento de Jesus  o templo de Luxor (Egito) exibe um relevo esculpido há muitos séculos   antes da era cristã,  onde vemos o deus mensageiro egípcio thot anunciando a virgem Isis e seguida a vemos dando á luz a uma criança, Hórus.

Água benta – Era empregada pelos hindus, egípcios, gregos e romanos.

Batismo de criança – O batismo infantil, segundo inúmeras fontes é de origem romana.  

Eucaristia – Origem baseada em um ritual pagão realizado após as colheitas em agradecimento a Ceres (origem de cereal) e Baco. As palavras de agradecimento eram: “esta é a carne da deusa, e este é o sangue do nosso Deus.”

       Outros elementos não deixam dúvida como o mito solar, principalmente o ligado a Mitra (religião persa), a divindade principal  do imperador Constantino, o qual uniu a igreja com o estado e infiltrou sutilmente na religião cristã os símbolos da sua própria fé,  são eles: a mitra papal, a mitra diocesana e o santíssimo sacramento, que tendo a forma do sol representa a presença do próprio Deus na igreja. 

 By W.X.

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