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sexta-feira, 11 de abril de 2014

Páscoa - Festa da Fertilidade Pré-Cristã




Como já sabemos as datas do nascimento e morte de Jesus são imprecisas e a bem da verdade, por estratégia da Igreja  foram associadas às festividades já existentes há dezenas de séculos pelos povos do Oriente Médio e da Europa pré-cristã.

Para entender a existência de algumas festividades antigas é preciso que compreendamos que os antigos baseavam a sua vida no movimento dos astros (Sol, Lua, constelações). As festas eram parte de suas vidas e marcavam início de ciclos e estações.

Na astroteologia antiga o Sol e a Lua tinham status de divindade, cuja influência determinava a sobrevivência dos homens sobre a Terra. A maioria dos povos adotavam o calendário lunar, alguns o solar. Como a morte de Jesus foi atrelada a data deste festival (páscoa) pelo Cristianismo, sendo esta celebrada em data móvel lunar, portanto a morte do judeu mais famoso de todos em tempos também muda de data todos os anos. Simples, mas complexo, como podemos perceber ao longo deste estudo.

 No apêndice no final deste estudo  daremos uma definição precisa sobre vários tópicos necessários para a compreensão deste assunto.

Páscoa - do hebraico Pessach,  significa "passagem". Embora se acredita representar o momento da "ressurreição de Jesus Cristo" pelos cristãos, o festival da Páscoa existia em tempos pré-cristãos (inclusive muito antes). Festival que no início da Primavera celebrava a fertilidade da Terra e cuja divindade símbolo era Ishtar, a "deusa da Fertilidade". Sua data ocorria na primeira Lua cheia após o equinócio de primavera, no nosso caso, ela é celebrada no  Domingo após a primeira lua nova que segue o equinócio de Outono.


"Nos panteões politeístas da antiguidade em que habitualmente havia um rei ou chefe dos deuses, e também uma contrapartida do sexo feminino que era considerada como sua esposa. Uma das divindades mais importantes do antigo Oriente Próximo era chamada por vários nomes, como Ishtar, Athtar, Astarte, Astarote, Antit, e Anat. Esta deusa mãe sempre foi associada com a fertilidade humana. No decorrer do tempo, Maria tornou-se identificada com esta deusa-mãe antiga, ou talvez deve-se dizer que Maria estava prestes a suplantá-la." (Dr. Rolland E. Wolfe, professor de Literatura Bíblica na Case Western Reserve University).

Festas Relacionadas ao Sol e a Lua

  NatalFesta do nascimento do Sol no hemisfério norte. Data fixa no dia 21 de Dezembro, solstício de inverno. Baseada no calendário solar.

Páscoa - Festa da fertilidade no hemisfério norte, baseada no calendário lunar. 

Calendário Lunar 

Surge entre os povos de vida nômade ou pastoril. Baseado nas fases da Lua, o dia começa com o pôr-do-sol. O ano é composto de 12 lunações de 29 dias e 12 horas (ou seja, meses de 29 e 30 dias intercalados), num total de 354 ou 355 dias. A defasagem de 11 dias em relação ao ano solar (365 dias) é corrigida pela inclusão de um mês extra periodicamente. 

Esse calendário precisa ser ajustado sistematicamente para que o início do ano corresponda sempre a uma lua nova (o mês lunar não é igual a um número inteiro de dias e os meses devem começar sempre com uma lua nova). Para que os meses compreendam números inteiros de dias, adota-se o emprego de meses alternados de 29 e 30 dias.
O mês lunar corresponde ao período de tempo entre duas lunações, cujo valor aproximado é de 29,5 dias. Lua leva cerca de 28 dias para dar a volta na Terra - e um ano, segundo esse calendário, teria apenas 354 dias, cerca de 11 dias e 6 horas a menos do que o tempo que nosso planeta leva para dar a volta no Sol.

Em 10 anos, mais de três meses! Com isso, o verão começaria um ano em dezembro e, dez anos depois, em setembro! As antigas civilizações que usavam o calendário lunar perceberam essa diferença, que era "consertada" adicionando-se alguns dias no final do ano.

Comparado ao ciclo solar, o mês lunar é móvel, percorrendo ao longo dos 33 anos todas as estações do ano.

Calendário Solar 

Baseado no ano solar, que é o tempo real gasto pela Terra para completar uma volta completa ao redor do Sol (movimento de translação). O ano solar, também chamado de tropical, tem 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos.

Estabelece o ano de 365 dias, dividido em 12 meses. A soma das seis horas (arredondamento de 5h48m46s) que sobram a cada ano resulta no ano bissexto a cada quatro anos (6 horas x 4 = 24 horas, ou seja, um dia a mais em fevereiro). O calendário solar surge entre as populações agrícolas. O ano solar é o período de tempo decorrido para completar um ciclo de estações (primavera, verão, outono e inverno). O ano solar médio tem a duração de aproximadamente 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 47 segundos. Portanto o período de tempo que a Terra leva para contornar o Sol. A cada quatro anos, as horas extras acumuladas são reunidas no dia 29 de Fevereiro, formando o ano bissexto, ou seja, o ano com 366 dias.



Apêndice


Equinócio - A palavra equinócio significa "noite igual", ou seja, quando a duração do dia é a mesma da noite. Há uma intersecção da trajetória do Sol com a linha do Equador. Acontece aproximadamente nos dias 21 de março (equinócio de outono no hemisfério sul) e 23 de setembro (equinócio da primavera no hemisfério sul).


Solstício - A palavra solstício significa "Sol quieto", pois nesses dias o Sol alcança suas posições extremas nos pontos onde aparece e se oculta. Dá origem aos dias mais longos e mais curtos do ano. É o instante em que começa o verão ou o inverno. É o ponto em que o sol está mais distante do Equador. Situa-se nos dias 22 ou 23 de junho para maior declinação boreal (solstício de inverno no hemisfério sul) e 22 ou 23 e dezembro para maior declinação austral (solstício de verão no hemisfério sul). No hemisfério norte ocorre o contrário.

Mito Babilônio pascal - Esse festa celebra o retorno de Semíramis em sua forma reencarnada da deusa da primavera. Semiramis, a fundadora da Babilônia e de seus jardins suspensos. Subiu ao céu transformada em pomba, após entregar a coroa ao seu filho, Tamuz.  Mas a Páscoa não celebra a morte e ressureição de Jesus? Semiramis é uma deusa do panteão babilônico de milhares de anos antes do nascimento de Jesus. 


Percebe-se então, que essa "festa pagã" astro-teológica acontece de fato nessa data apenas no hemisfério norte. Ou seja, a "Páscoa" como tal, no hemisfério sul deveria acontecer em Setembro (Primavera no Hemisfério Sul). 


A "Sexta de Páscoa" (sexta-feira da paixão ou sexta feira santa) tem uma histórica relação com a terceira lua cheia a partir do início do ano. Isso esclarece porque é uma data "Astro-teológica".

Marias e As Deusas do Passado




A história de Maria mãe de Jesus é apenas uma readaptação pagã Cristã da história original de Semiramis mãe de Tamuz.

 Esse papo de Maria ser virgem e ter dado a luz a uma criança divina, esquece de citar que ela  não foi a primeira. 

Muitas "Marias" cópias de Semiramis ocorreram antes. Vejamos:


Babilônia - Ishtar (Easter), também chamada Deusa da Lua.


Chineses - Shing-Moo - Santa mãe chinesa.


Druídas - Virgo Paritura.


Saxões - Ostera é a deusa da fertilidade e do renascimento na mitologia anglo-saxã.


Egito - Ísis do Egito antigo - deusa da fertilidade.


Efésios - Diana - a deusa da Lua.


Etruscos - Nutria.


Alemães (antigos) — Herta. 

Gregos — Afrodite ou Ceres.


Índia - Isi / Indrani.


Judeus - Astarte - Filha de Baal. Rainha dos Céus, deusa da Lua e da fertilidade.


Hindú  - Devaki mãe de Krishna.


Roma - Vênus / Fortuna. Deusa do amor.


Escandinavos - Disa.


Gregos - Hemera, personificava a luz do dia e o ciclo da manhã.  

Cibele da Frígia, "Mãe dos Deuses" ou Deusa mãe, simbolizava a fertilidade da natureza.


Sumérios - Inana Deusa do amor e da fertilidade. Era irmã do deus-sol Utu. É cognata das deusas semitas da Mesopotâmia (Ishtar) e de Canaã (Asterote e Anat), tanto em termos de mitologia como de significado.