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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Origens das Religiões (Judaísmo, Islamismo, Cristianismo;)


INFLUÊNCIA PERSA

ZOROASTRISMO

*Zoroastro ou Zaratustra é um dos primeiros grandes profetas que a humanidade conheceu (4000/5000 a.C.) e fundador de uma religião de princípios grandiosos. Ele apareceu quando a antiga Pérsia era povoada pelas tribos Àrias, raça branca de cabelos negros, os quais se dedicavam á cultura do trigo e a criação de grandes manadas de gado.

Na sua religião o deus principal era Ormuz, o criador do céu e da terra, os homens e tudo o que há de bom e agradável no mundo. As tribos árias viviam em constante conflito com os turânios que adoravam Ariman. Neste contexto nasceu uma criança, cujo nome era Ardjasp, seu nascimento foi havia sido profetizado por um vidente da sua tribo, segundo o qual aquela criança seria um rei sem coroa, porém mais poderoso que os outros reis, porque seria coroado pelo sol. Após uma juventude caçando búfalos e combatendo os turânios ele sente que tem uma missão grandiosa. A partir do seu chamado e preparação seu nome é alterado para Zoroastro.

Este profeta foi iniciado nos grandes mistérios por Vahumano, sacerdote do sol, conservador de uma tradição que remonta á Atlântida, comunicou ao seu discípulo tudo que sabia da ciência divina e do estágio do mundo naquele momento. Vahumano lhe ensinou que existem inúmeros espíritos entre o céu e a terra. Infinitas são as suas formas e assim como a esfera divina é ilimitada, o insondável submundo das trevas também possuía os seus graus. O livro em que tudo isto está escrito é o *Zend-Avesta, que descreve o dialogo de Zoroastro com Ormuz. Neste livro são mencionados os Elohins e Querubins, classe de espíritos superiores.

*Nota: “Plínio, grande historiador da antiguidade, registrou o aparecimento de Zoroastro por volta de 1000 anos antes de Moisés. Hermipo, que traduziu o seu livro para o grego, mencionou a sua existência a 4000 anos antes da guerra de Tróia. Eudoxio, outro escritor grego, que o profeta iraniano viveu cerca de 6000 anos antes da morte de Platão. Os estudos de Eugênio Burnouf, Spiegel e outros, demonstram que o seu aparecimento não se deu menos que 2500 antes de Cristo”.

Zend-Avesta quer dizer na língua zenda “Palavra da Vida”. O descobridor desta língua e da primitiva religião persa foi o francês Anquetil Duperron.

Zerduscht (língua zenda), Zaratustra, Zoroastro (grego) – Estrela dourada, esplendor do sol. Ahura-Mazda - Auréola do onisciente, espírito do universo.

                                              A TEOLOGIA DE ZOROASTRO

Ahura-Mazda (Ormuz) era a divindade suprema da religião persa. Outras divindades que com ele dividiam o governo do mundo são: Mithra, o sol; Vayou, o vento e Anayta, a deusa das águas.
Gênios distintos e espíritos benfeitores dividem com este deus a tarefa de governar o mundo. No cristianismo e judaísmo Deus governa com os seus anjos.

Ormuz tem um opositor que se chama Ariman.
No cristianismo Deus tem um opositor que é Lúcifer, o qual é ajudado por
uma infinidade de demônios que disputam o seu predomínio.

Ariman, “o destruidor”, é representado por uma serpente. Ele é o criador de todo mal, a dor,
o crime e a mentira.

Esta luta sem trégua entre os deuses do bem e do mal terminará um dia com o triunfo de Ormuz, então começará na terra um novo tempo para os homens.

A serpente também aparece no cristianismo como símbolo do mal, é o mesmo conceito dualista da religião judaica e cristã.

Não eram admitidas estátuas para se adorar Ormuz, nem templos eram construídos. Como no cristianismo protestante, judaísmo e islamismo as imagens de santos são desprezadas.

O fogo lhe representava, símbolo da pureza, que se mantinha constantemente acesos nos altares que lhe eram oferecidos nos lugares mais altos e onde também animais e oferendas diversas eram ofertadas.

No tabernáculo dos judeus e nos altares dos católicos o fogo está presente, através do candelabro das velas. O fogo tanto nas religiões cristãs como hebraica tem o mesmo sentido da religião mazdeista.

Para servir a este deus era necessário que os homens tivessem uma vida honrada, pois, deveriam ajudar a Ormuz a fazer triunfar a justiça. Deviam de despojar de todo o pensamento impuro e evitar todo ato mal, pois cada vez que o homem mente e rouba trai o seu deus e provoca a alegria de Ariman. O homem digno - diz o Zend Avesta - livro que contém os ensinos de Zoroastro - é aquele que cultiva bons pensamentos, boas palavras e boas ações. É aquele que cultiva os seus campos, se estabelece e pratica uma vida pura, pois isto agrada mais a Ormuz do que sacrifícios. Segundo o zoroastrismo a alma era imortal.

Três dias após a morte, a alma, a qual flutuava ao redor do corpo, era arrastada pelo vento e conduzida a presença de um tribunal. Os componentes deste tribunal eram: Mithra, Sraocha e Rachnu, os quais pesavam na balança as ações que o julgado havia realizado em sua vida e logo a alma atravessava o poente “chinvat” sobre os abismos infernais.

Este caminho levava a presença de Ormuz. Para o impuro este caminho era tortuoso e por fim ele acabava caindo nas regiões de trevas eternas onde os demônios lhe convertiam em sua presa. Nas mansões dos pesos iguais, tipo de purgatório, ficavam as almas dos que não haviam levado uma vida nem tão certa, nem tão errada. A morte significava um triunfo passageiro de Ariman. A religião de Zoroastro, muito superior às religiões politeístas da Mesopotâmia, era de moral extremamente elevada. Quando os persas criaram um império, o contato com outras culturas descaracterizou sua religião e outros cultos estranhos foram adotados.

Quando as Escrituras Hebraicas foram compiladas e reescritas por Esdras um grande número de adições foram feitas, isto no período subseqüente a colonização persa. O dualismo, bem e mal, forças opostas sempre em disputa no universo. É um conceito do mitraísmo.

A teologia angelical dos judeus, islâmicos e cristãos, com suas terminologias e hierarquia, tem aí sua origem. A realidade do céu e inferno também, juntamente com a idéia do purgatório católico. Observe a evolução dos conceitos de Zoroastro no maniqueísmo nas notas explicativas.

                                          INFLUÊNCIA CALDEU-BABILÔNICA

DILÚVIO

Neste conto mesopotâmico há uma inquestionável semelhança com a passagem contida do Gênesis sobre o dilúvio: “Houve um tempo em que Enlil, o mais poderoso dos deuses, se desgostou da humanidade e decidiu mandar uma inundação da qual nenhum vivente pudesse escapar. Mas a sentença pareceu demasiadamente rigorosa a deusa Ea, que num sonho avisou a Utnapishtim, o mortal da sua predileção. Utnapishtim construiu um barco para seu uso e dentro dele colocou a sua família e uma amostra de todas as criaturas vivas. O barco resistiu á tempestade que durou seis dias e seis noites.

No sétimo dia, quando as águas tinham baixado, Utnapishtim desembarcou no alto da montanha de Nissir e solta uma pomba para verificar se a terra estava seca.

Gilgamesh, grande herói e rei de Erech (Uruk) desejou a imortalidade e ao pedi-la a Utnapishtim, este revelou-lhe um segredo: no fundo do oceano há uma planta espinhosa e aquele que comê-la alcançará a juventude eterna. Gilgamesh assim o fez, porém ao voltar para a sua terra descuidou-se e uma serpente engoliu a planta preciosa.” Nestes contos enraizados na cultura caldeu-babilônica diversos elementos se confundem com aquele do livro do Gênesis: temos uma planta que pode proporcionar a imortalidade a quem prová-la e também uma serpente que faz o sonho do personagem cair por terra.

IINFLUÊNCIA FENÍCIA

“Naquele dia punirá Yahweh com a sua dura espada,a grande e forte leviatã, serpente tortuosa e matará o monstro que habita o mar.” (Is 27:1;)
Na mitologia fenícia leviatã é um monstro primitivo (dragão ou serpente) criado pela imaginação popular. Aparece em alguns trechos bíblicos: Este texto, foi provavelmente influenciado por um poema encontrado em Ras-shamra (XIV a.C.) desta forma: “Tu esmagarás leviatã, serpente esquiva, destruirás a serpente tortuosa, com sua força de sete cabeças”. Mais um elemento de outra cultura assimilado pelos hebreus.

INFLUÊNCIA ASSÍRIA

Cherubim, os anjos guardiões do Éden e da arca da aliança, forma masculina plural é uma palavra emprestada do assírio karibu. Os karibus eram criaturas meio animal, meio humana que guardavam a porta dos templos e palácios assírios.

INFLUÊNCIA CANANITA

Como já vimos, muito da mitologia babilônica está presente na cultura religiosa dos judeus, mas não podemos esquecer da influência da terra de Canaã. Entre as centenas de divindades cananitas temos: El e Baal, que também foi assimilado pela cultura fenícia. El era o rei supremo da corte celeste, era conhecido como Deus benigno e compassivo. Em Canaã o rei era chamado de “servo de El”. Ismael, Miguel, Rafael, Emanuel são alguns nomes que registram a forte presença deste deus cananita na cultura hebraica. El é a forma abreviada de Elohim para alguns estudiosos, e para outros, simplesmente a forma singular deste.

Dr. Inman escreveu no século 19 em sua obra Ancient Faiths and Modern:

Tenho demonstrado que o Velho Testamento que chegou até nós através dos judeus, não é uma mina de verdades como muitos têm falado. Não é uma revelação dada por Deus ao homem na sua maior parte, pois está recheado de contradições. Os seus mitos podem ser encontrados entre os sumérios, assírios, babilônios, persas, egípcios e até entre os gregos. Tenho provado também que a sua antiguidade tem sido exagerada. A tão propalada lei mosaica não era conhecida até o tempo de Davi. Tenho demonstrado também que os judeus adotavam rapidamente os costumes e crenças dos povos que o conquistavam.e ainda que eles não podem reivindicar a posse de uma revelação exclusiva e que os seus escritos não são superiores aos dos egípcios, gregos, chineses e islâmicos”.

CALENDÁRIO

O que vamos demonstrar agora é que o calendário hebraico também é de origem babilônica. O mês judeu começa quando a lua crescente se torna visível pela primeira vez no crepúsculo. Além da lua nova, também a lua cheia era investida de grande significado religioso. A páscoa era determinada pela primeira lua nova no equinócio da primavera. Estudos dos registros cuneiformes babilônicos revelou que o shabbatum destes (dia de lua cheia) caía no 14 ou 15 do mês, o qual pode ter sido o significado original do termo hebraico shabbath.
Tudo que vimos até agora indica que as religiões citadas não são fruto de uma revelação divina, mas ramos das teologias que as antecederam. O mérito destas foi terem transformado a profusa mitologia mesopotâmica e cananita na base de uma religião monoteísta.


Extaído do livro Face Oculta do Cristianismo do Prof. W.X.

6 comentários:

  1. Sou um judeu praticante e defendo minha fé. Mas eu já imaginava que era por aí mesmo.

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  2. Amigos ateístas
    Eu publiquei 10 PDFs ateístas no RECANTO DAS LETRAS, que desmascaram as principais mitologias bíblicas, e TODOS eles podem ser baixados de graça, ou até mesmo comercializados, des que o nome do autor (Lisandro Hubris), seja citado...
    http://www.recantodasletras.com.br/autor_textos.php?id=31436&categoria=M
    Sendo que de 15 em 15 dias algum dos meus PDFs será melhorado, e isso acontecerá por todo o tempo de vida que ainda me resta...
    Por favor, ajude divulgar os meus E-livros.
    Abraços com gratidão!

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  3. Valeu pela oferta! Distribuir conhecimento e abrir a cabeça das pessoas, mesmo que elas não queiram, ñ tem preço! kkkkkkkk

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  4. A religião percebida como um instrumento político é bem diferente de quando é percebida como um instrumento de aperfeiçoamento moral. A tendência é que ela seja apreciada preferencialmente pela segunda possibilidade. No entanto, é sob o ponto de vista secular que faço essa reflexão a respeito da origem do cristianismo. Embora as notícias históricas que utilizo procedam da história oficial, foi com base em fatos negligenciados que cheguei a uma conclusão significativa que deve ser compartilhada. Visite a página do livro A Origem do Cristianismo em Reflexão, no Facebook:

    https://www.facebook.com/aorigemdocristianismoemreflexao?ref_type=bookmark

    E adquira o seu exemplar em:

    http://www.editoramultifoco.com.br/literatura-loja-detalhe.php?idLivro=1702&idProduto=1734

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  5. Quando iniciei minha pesquisa diletante acerca da origem do cristianismo, eu já tinha uma ideia formada que pode parecer esdrúxula: nada de Bíblia, teologia e história das religiões. Todos os que haviam explorado esse caminho haviam chegado à conclusão alguma. Contidos num cercadinho intelectual, no máximo, sabiam que o que se pensava saber não era verdade. Dentro desses limites reina a teologia e não a história. É isso o que a nossa cultura espera de nós, pois não tolera indiscrições. Como o mundo não havia parado para que o Novo Testamento fosse escrito, o que esse mesmo mundo poderia me contar a respeito dessa curiosidade histórica? Afinal, o que acontecia nos quatro primeiros séculos no mundo greco-romano, entre gregos, romanos e judeus? Ao comentar o livro “Jesus existiu ou não?”, de Bart D. Ehrman, exponho algumas das conclusões as quais cheguei e as quais o meio acadêmico de forma protecionista insiste ignorar.

    http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/paguei-pra-ver

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