Na hora da sua morte veja o conselho que o rei Davi deu ao seu filho Salomão:
“Ora, tu sabes o que me fez Joabe [...] faze com ele segundo a tua sabedoria e não permitas que suas cãs (cabelos brancos) desçam a sepultura em paz. Lembra-te, contigo está Simei [...] não o tenhas por inocente [...] saberás o que lhes hás de fazer para que suas cãs (cabelos brancos) desçam a sepultura com sangue” (I Reis 2:5-9;).
“Respondeu o rei Salomão a sua mãe: Por que pedes Abisague, a sunamita, para Adonias? E agora tão certo como vive o Senhor, que me estabeleceu e me fez assentar no trono de Davi, meu pai [...]. Adonias morrerá hoje. Enviou o rei Salomão a Benaia, filho de Joiada, o qual feriu Adonias, de modo que morreu” (I Reis 2:22-25;).
“Foi dito ao rei Salomão que Joabe tinha fugido para o tabernáculo do Senhor e estava junto ao altar. Então Salomão enviou Benaias dizendo: Vai, arremete contra ele! Subiu Benaia, arremeteu contra ele, matou-o e foi sepultado em sua casa, no deserto. Depois o rei mandou chamar a Simei e disse: Edifica-te uma casa em Jerusalém e habita aí e daí não saias, nem para uma nem para outra parte. No dia em que saíres [...] certamente serás morto [...] o rei deu ordem a Banaia, o qual saiu e arremeteu contra ele, de modo que morreu. Assim foi confirmado o reino nas mãos de Salomão” (I Reis 2: 29-46;).
E aí, viu como eram santos? kkkkkkkkkkkk
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terça-feira, 24 de janeiro de 2012
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
A Bíblia e o Livro de Enoque - QUEM COPIOU DE QUEM?
Este livro foi amaldiçoado pelos rabinos e por alguns pais da igreja que achavam que o mesmo por não fazer parte da lista de livros inspirados dos judeus deveria ser banido do meio cristão. Isto tudo devido ao seu profundo conteúdo de mistério no tocante a questão angelical e os bastidores do capítulo 6 do livro do Gênesis, o que torna a sua leitura um tanto inconveniente.
Assim este livro outrora respeitado por cristãos e judeus caiu em descrédito justamente por suas afirmações sobre os anjos caídos. O rabino Simeon Ben Yohai, no século II, lançou uma maldição contra todos os que nele acreditavam. Tendo sido amaldiçoado, queimado, banido e perdido durante mil anos, o livro de Enoque voltou a circulação há dois séculos. Em 1773, rumores de uma cópia do livro levaram o explorador escocês James Bruce até a Etiópia. Lá ele encontrou um exemplar preservado pela igreja etíope que o coloca lado a lado com outros livros da Bíblia.
Cristo o Examinou
A versão atual do livro de Enoque foi escrita em algum momento do século II a.C., e teria sido popular durante pelo menos 500 anos. O mais recente texto etíope foi aparentemente escrito a partir de um manuscrito grego que, por sua vez, já seria uma cópia de um texto ainda mais antigo. O original foi provavelmente escrito na língua semítica (aramaico, hebraico). Apesar de já ter sido considerado um livro pós-cristianismo, devido as semelhanças com terminologias e ensinamentos cristãos, mas descobertas de cópias do livro entre os manuscritos do mar Morto, em Qumran, provam que o livro data de um período ainda anterior á época de Jesus.
O livro pode não ter sido escrito originalmente por Enoque, mas talvez seja o resultado de um conjunto de tradições, cuja origem se perderam no tempo. Esta é uma suposição, já que a verdadeira autoria do livro é um completo mistério. Muitos cristãos do primeiro século o consideravam como escritura inspirada.
Muitos conceitos e termos usados pelo próprio Jesus estão diretamente relacionados com o livro, o que demonstra que ele não só o examinara como também o respeitara, a ponto de comentar descrições especificas relacionadas ao reino vindouro e o julgamento final do qual tomarão parte os inimigos de Deus. Em 1891, o reverendo William J. Deane protestou contra a associação entre os ensinos de Jesus e o recém-lançado livro de Enoque, afirmando com indignação:
"Somos obrigados a acreditar que o nosso Senhor e seus apóstolos, consciente ou inconscientemente, acrescentaram nas suas falas e escritos idéias e expressões tiradas do livro”.
Além das familiares citações do Antigo Testamento, Jesus pode até mesmo ter se referido ás profecias contidas em textos apócrifos não incluídos pelos pais da igreja e pelos rabinos que selecionaram os livros que fizeram parte da Bíblia cristã e das Escrituras Hebraicas. Muitos textos antes desconhecidos, descobertos em Qumran e Nag Hammadi,(os rolos do Mar Morto) indicam que Jesus ensinou baseado em outras fontes escritas anteriormente. Os manuscritos das cópias do livros, segundo teste carbono 14 apontou para o ano 100/150 A.C. Charles Cutler Torrey, professor da Universidade de Yale, mostra evidencias de que Jesus usava citações de uma obra apócrifa perdida. Veja Lucas 11:49;
“Por isso diz a sabedoria de Deus: Profetas e apóstolos lhes mandarei e eles matarão a uns e perseguirão a outros”.
A expressão “sabedoria de Deus”, indica que Jesus está citando diretamente uma fonte, obra apócrifa provavelmente, que hoje se encontra perdida. Além disso, Torrey nota que há outras referências no Novo Testamento das escrituras nas mais existentes que foram conhecidas pelos apóstolos nos primeiros anos da era cristã. Uma destas referências pode ser encontrada em Mateus 27:9-10;
“Então se cumpriu o que predissera o profeta Jeremias: Tomaram trinta moedas de prata, o preço avaliado pelos filhos de Israel. E as deram pelo campo do oleiro, conforme me ordenou o Senhor”.
O texto de Jeremias do qual Mateus retirou a citação acima, não está no atual livro do profeta do Antigo Testamento. Mas Jerônimo, um dos pais da igreja do século IV, escreveu um relato contando que um membro da seita dos nazarenos lhe mostrou um texto apócrifo de Jeremias em que esta citação de Mateus aprece na sua forma exata.
Apóstolos Foram Influenciados Pelo Livro
O Dr. R. H. Charles, estudioso do livro, escreveu na virada do século XX que a influência do livro de Enoque no Novo Testamento tem sido maior do que a de todos os outros livros apócrifos juntos. Todos os escritores do Novo Testamento estavam familiarizados com a obra e seus estilos e pensamentos foram de alguma forma influenciados por ele. Expressões que Paulo usa aparecem no livro. João também faz menção de algumas expressões chaves, como: “Senhor dos senhores, Rei dos reis, os anjos maus sendo punidos, a visão dos sete espíritos, os quatro animais ao redor do trono, e o livro da vida".
As semelhanças entre o Apocalipse e a obra de Enoque são tantas que quase o impediu de ser considerado obra canônica. No século III, Dionísio de Alexandria, juntamente com muitos outros bispos das igrejas da Síria e da Ásia Menor (atual Turquia), rejeitou o Apocalipse como obra autêntica.
No livro de Atos 10:34; apresenta uma citação de Pedro afirmando que “Deus não faz acepção de pessoas”, frase também usada por Paulo e encontrada no livro de Enoque, bem como do Deuteronômio, Crônicas e em diversas passagens do Velho Testamento. O livro de Enoque foi a origem desta citação.
As cartas de Pedro podem ser atribuídas a este livro. Ele fala do aprisionamento e do envio ao inferno dos anjos pecadores. Rendel Harris e M. R. James, especialistas em grego, além de outros estudiosos, argumentam que a primeira epístola de Pedro continha originalmente uma referência explicita ao livro.
Judas cita Enoque diretamente e transcreve uma passagem completa no verso 14. O termo “eleito” é muito significativo no livro de Enoque e influenciou o seu uso entre os apóstolos. A expressão “ancião dos dias” ou “de dias”, como aparece no livro do profeta Daniel, também está presente no livro de Enoque, da mesma forma a expressão “filho do homem”, o que indica de forma absolutamente clara a influência desta obra na mente e corações dos apóstolos.
Pais da Igreja Concordam com Enoque
Muitos amavam e respeitavam o livro. Convencidos de que os anjos do mal estavam em atividade no mundo, os primeiros pais da igreja citavam frequentemente o livro.
Justino mártir, Em sua “Segunda Apologia”, concorda com a história abordada pelo livro.
Atenágoras, em sua obra “Legatio”, escrita no ano 170, apresenta Enoque como um verdadeiro profeta.
Lactâncio (260-330) e Taciano (110-171), apologistas cristãos, especularam com detalhes sobre a encarnação dos anjos caídos.
Irineu, bispo de Lyon no século III, faz referências a história de Enoque.
Tertuliano (160-230) era um grande defensor do livro.
Clemente de Alexandria (150-220) fala dos anjos que renunciaram á beleza de Deus em troca da beleza que desvanece, caindo do céu para a Terra.
Origines (186-255), um aluno de Clemente e grande pensador da sua época, mais de uma vez chamou Enoque de profeta e citava livremente o seu livro.
A Rejeição do Livro
Os pais da igreja tiveram dificuldade para aceitarem o ponto de vista do livro de Enoque e procuraram outra explicação para encaixarem o capítulo 6 do Gênesis. Estes mestres da igreja também acreditaram que o profeta Isaias no capítulo 14:12-15; está descrevendo a queda de um arcanjo e seus aliados. Esta queda seria em função da sua soberba, ele queria ser igual a Deus.
Para evitar a idéia de que os anjos haviam se materializado e mantido contato sexual com as mulheres humanas, eles seguiram a linha de raciocínio de um mestre da igreja, Julio Africano, que aceitava os “filhos de Deus” como sendo uma referencia aos filhos de Set que teriam tomado como esposas as filhas de Caim. No século IV, Ephraem, uma autoridade eclesiástica da Síria, também seguiu esta idéia. Jerônimo (348-420), doutor da igreja e especialista em hebraico, qualificou a obra de Enoque como apócrifa e declarou que seus ensinos eram iguais aos do maniqueísmo.
O maniqueísmo foi uma religião que competiu com a igreja, foi fundada no ano 240 pelo profeta Mani, que se declarava um apóstolo de Jesus. Ele pregava uma síntese (budismo, zoroastrismo, cristianismo). Crisóstomo (346-407), concluiu que aceitar os “filhos de Deus” como anjos é uma idéia absurda. Santo Agostinho (354-430), rejeitou igualmente que os anjos jamais poderiam ter assumido um corpo e terem tido relações com mulheres, mesmo afirmando que há casos na Bíblia em que anjos aparecem aos homens em corpos que podiam não só ser vistos mas tocados.
O rabino Simeon Bem Yohai lançou uma maldição aos que acreditassem serem anjos, “os filhos de Deus”, do Gênesis 6.Esta maldição proferida no século II A.D., colocou o mundo judeu contra o livro de Enoque. Como tinha conhecimento desta questão, Orígenes (séc. III), afirmava ser esta a razão principal pela qual o livro não era mais aceito pelos judeus.
Algumas passagens deste livro que apresentam semelhanças com as da Bíblia:
Enoque - “...e o julgamento será para todos, até para os justos.” Enoque 1:6;
Bíblia - “Pois já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus...” I Pe 4:17;
Enoque - “Os eleitos possuirão luz, alegria e paz e herdarão a terra”. Enoque 6:9;
Bíblia - “Bem-aventurados os mansos porque eles herdarão a terra”. Mt 5:5;
Enoque - “Quando naqueles dias os filhos do homem se multiplicaram, suas filhas nasceram elegantes e belas. E quando os anjos, os filhos do céu, contemplaram-nas ficaram enamorados, dizendo uns aos outros: Vamos, escolhamos para nós esposas entre a progênie dos homens para com elas gerarmos crianças. Tomaram esposas, cada um escolhendo a sua...As mulheres deram á luz os gigantes.” Enoque 7:1-2;10,11;
Bíblia - “Viram os filhos de Deuses que as filhas dos homens eram formosas e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram. Havia naqueles dias gigantes na Terra e também depois, quando os filhos de Deus conheceram as filhas dos homens, as quais lhe deram filhos”. Gn 6: 2,4;
Enoque - “...Eles então se dirigiram ao Senhor, o Rei, o Senhor dos senhores, Deus dos deuses, Rei dos reis...” Enoque 9:3;
Bíblia - “...porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis...” Ap 17:4;
Enoque - “Entre miríades e miríades que estavam diante dele”. Enoque 14:24;
Bíblia - “Então olhei e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono e dos seres viventes e dos anciãos e o número deles era milhões de milhões e milhares de milhares.” Ap 5:11;
Enoque - “Oferecendo sacrifícios aos demônios como a deuses”. Enoque 19:2;
Bíblia - “Antes digo que as coisas que os gentios sacrificam, é aos demônios que sacrificam não a Deus.” I Cor 10:20;
Enoque - “E aquela árvore de aroma agradável, cujo odor nada tem de carnal não poderá ser tocada até o tempo do grande julgamento...Ela será entregue aos justos e humildes; os frutos desta árvore deverão ser dados aos eleitos.” Enoque 24:9;
Bíblia - “No meio de sua praça, em ambas as margens do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês. E as folhas da árvore são para cura das nações.” Ap 22:2;
Enoque - “...Ouvi desde o início e compreendi as coisas sagradas que proclamo na presença do Senhor dos espíritos.” Enoque 37:1;
Bíblia - “...Não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos e não viveremos?” Hb 12;9;
Enoque - “E qual será o local de descanso dos que rejeitaram ao Senhor dos espíritos. Seria melhor para eles que jamais houvessem nascidos”. Enoque 38:2;
Bíblia - “Mas ai daquele por quem o Filho do homem é traído! Melhor lhe fora que não tivesse nascido”. Mt 26:24;
Enoque - “Então farei o meu eleito habitar no meio deles...” Enoque 45:4;
Bíblia - “Aqui está o meu servo, a quem sustenho, o meu eleito...justiça produzirá entre as nações.” Is 42:1;
Enoque - “Naquele dia o eleito assentará num trono de glória...” Enoque 45:3;
Biblia - “...então se assentará no trono da sua glória.” Mt 25:31;
Enoque - “...este é o Filho do homem a quem pertence a justiça e que revelará os tesouros ocultos”. Enoque 46:2;
Bíblia - “...para conhecimento do mistério de Deus – Cristo, em quem estão ocultos todos os tesouros da sabedoria e da ciência”. Colossences 2:2;
Enoque - “Então vi o ancião de dias enquanto se sentava no trono de sua glória, enquanto abria, na sua presença, o livro da vida e enquanto todos os poderes acima do céu postavam-se ao redor e diante dele.” Enoque 47:3;
Bíblia - “Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos e um ancião de dias se assentou...Assentou-se o tribunal e abriram-se os livros”. Daniel 7:9;10;
Enoque - “...pois está próximo o dia da sua salvação”. Enoque 50:2;
Bíblia - “...porque a vossa redenção está próxima”. Lucas 21:28;
Enoque - “No dia dos pecadores, o dia será encurtado.” Enoque 79:3;
Bíblia - “Se aqueles dias não fossem abreviados...” Mt 24:22;
Enoque - “Vede, o Senhor vem com milhares de seus santos, para fazer juízo contra todos e para fazer convictos todos os ímpios, acerca de todas as obras ímpias que impiamente praticaram e de todas as duras palavras que ímpios pecadores contra ele proferiram.” Enoque 7;
Bíblia - “Concernente a estes profetizou Enoque, o sétimo depois de Adão, Vede, o Senhor vem com milhares de seus santos, para fazer juízo contra todos e para fazer convictos todos os ímpios, acerca de todas as obras ímpias que impiamente praticaram e de todas as duras palavras que ímpios pecadores contra ele proferiram.” Judas 14;
A Aliança de Abraão, foi com Deus ou Extraterrestres?
Há certas passagens na Bíblia que parecem ser tão insignificantes que sobre elas muito pouco ou quase nada se explica, mas os questionamentos vão surgindo e todo estudioso deve persistir se quiser matar a charada, a passagem que segue é uma delas. Para que mais luz seja lançada sobre a minha argumentação e para que não paire dúvidas sobre o que o texto quer dizer, trago cinco versões bíblicas diferentes para facilitar a nossa interpretação:
“Quando, pois, se pôs sol, formou-se uma escuridão tenebrosa e apareceu um forno fumegante e uma lâmpada ardente que passava pelo meio dos animais divididos. Naquele mesmo dia, fez o Senhor a aliança com Abrão...” Gn 15:17,18;Bíblia Popular – Edições Paulinas.
“E aconteceu que quando o sol baixou e escureceu uma fornalha fumegante e uma lâmpada incandescente passou por aqueles pedaços. No mesmo dia o Senhor fez uma aliança com Abrão...”Bíblia King James inglesa de 1611.
“E sucedeu que, posto o sol, houve densas trevas e eis um fogareiro fumegante e uma tocha de fogo que passou entre aqueles pedaços. Naquele mesmo dia fez o Senhor uma aliança com Abrão...” Bíblia Edição revista e atualizada no Brasil – João Ferreira de Almeida – Sociedade Bíblica do Brasil.
“A noite caiu e veio a escuridão. De repente, apareceu um braseiro que soltava fumaça e uma tocha de fogo. E o braseiro e a tocha passaram pelo meio dos animais partidos. Nesta mesma ocasião o Senhor Deus fez uma aliança com Abrão...” Bíblia - Nova Tradução na linguagem de hoje – Sociedade Bíblica do Brasil.
“E sucedeu que, posto o sol, houve escuridão e eis um forno de fumo e uma tocha de fogo, que passou por aquelas metades. Naquele mesmo dia fez o Senhor um concerto com Abrão...” Bíblia edição revista e corrigida – tradução João Ferreira de Almeida – Imprensa Bíblica Brasileira.
Os termos aplicados ao objeto não identificado avistado:
1º. Forno fumegante - lâmpada ardente
2º. Fornalha fumegante - lâmpada incandescente
3º. Fogareiro fumegante - tocha de fogo
4º. Braseiro que soltava fumaça - tocha de fogo
5º. Forno de fumo - tocha de fogo
Comentário:
O escriba que registrou o fato acima, mesmo não tendo a mínima idéia do que havia presenciado, achou que seria importante mencionar tal fenômeno, provavelmente para dar mais credibilidade a aliança feita por Abrão. O próprio Ezequiel também não deve ter compreendido a visão que registrou no primeiro capítulo do seu livro, isto também deve ter ocorrido com muitos outros escribas do passado, como observamos em muitos escritos sagrados da antiguidade, onde encontramos relatos de difícil interpretação.
Mas qual a relação entre o fenômeno relatado e a aliança de Abrão com o seu Deus? A expressão “naquele mesmo dia,” demonstra que o redator do texto achava que havia uma conexão entre o fenômeno avistado e o que ocorreu depois, ou seja a aliança ou concerto, entre o patriarca hebreu e o seu Deus.
Foi uma manifestação do Todo-Poderoso ou de seres extraterrestres? No final você mesmo fará sua conclusão. Você pode estar dizendo, “claro que foi um sinal de Deus, deixe de ser incrédulo!” Uma interpretação simplória é o caminho mais fácil, mas não quer dizer que seja o mais correto. Os que conhecem o meu estudo “Anjos, Deuses ou Ets?”, sabem do que estou falando, pois nele demonstro de forma definitiva as seguintes questões:
• As manifestações descritas na Bíblia como sendo a do próprio Todo-Poderoso, na verdade são aparições de seres que a tradição hebraica denominou de Elohim (deuses). No livro de Jó, por exemplo, a palavra aplicada para Deus é “Eloah”, que muitos lingüistas afirmam ser a forma singular da palavra citada anteriormente..
• O termo traduzido por anjo no português é “malachim” no hebraico, e só quer dizer “mensageiros, enviados”, não se refere a graduação ou nível destes, é um termo genérico.
• No Velho Testamento o termo anjo não se refere a seres espirituais, já que estes na maioria das ocasiões em que aparecem se alimentam e fisicamente em nada diferem dos seres humanos, apesar de demonstrarem capacidade superior.
• Os filhos de Deus do Gênesis capítulo 6, literalmente – “filhos dos deuses – bene ha Elohim”, tiveram relações sexuais com as mulheres dos homens, fato que está bem esclarecido no livro de Enoque, de onde esta história foi extraída, bem como toda visão bíblica sobre os anjos.
Aqueles que estudam e conhecem os milhares de registros sagrados, onde também aparecem fenômenos como o descrito nesta passagem, discordam que tal manifestação seja a do Todo-Poderoso, pois casos semelhantes registraram os escritores romanos, gregos, chineses, egípcios etc., lembro o caso do faraó Akenaton (Amenofis IV), que depois de presenciar um fenômeno semelhante chegou a alterar a sua visão religiosa, criando uma religião monoteísta numa sociedade totalmente politeísta, chegou inclusive a construir uma nova capital para o seu reino – Tell-El-Amarna – em homenagem ao seu Deus.
Temos no texto a descrição de um objetos enigmático sem dúvida. Afinal, o que o escriba, estava querendo descrever?
Uma outra razão me faz duvidar que tenha sido uma manifestação do Todo-Poderoso neste episódio. A fragilidade da base na qual se sustenta tal aliança. Analise comigo: por mais incrível que possa parecer, o sinal da aliança era o corte do prepúcio do órgão genital, mas se tal prática era tão fundamental, por que nada foi mencionado a Moisés no Monte Sinai, tratava-se de deuses diferentes?
E se era uma aliança com toda a raça humana por que só os judeus praticam a circuncisão? Por que Jesus nada falou sobre ela?
Este Deus com o qual Abrão fez aliança, foi o mesmo que lhe pediu o sacrifício do seu filho Isaque? Decida!
“Quando, pois, se pôs sol, formou-se uma escuridão tenebrosa e apareceu um forno fumegante e uma lâmpada ardente que passava pelo meio dos animais divididos. Naquele mesmo dia, fez o Senhor a aliança com Abrão...” Gn 15:17,18;Bíblia Popular – Edições Paulinas.
“E aconteceu que quando o sol baixou e escureceu uma fornalha fumegante e uma lâmpada incandescente passou por aqueles pedaços. No mesmo dia o Senhor fez uma aliança com Abrão...”Bíblia King James inglesa de 1611.
“E sucedeu que, posto o sol, houve densas trevas e eis um fogareiro fumegante e uma tocha de fogo que passou entre aqueles pedaços. Naquele mesmo dia fez o Senhor uma aliança com Abrão...” Bíblia Edição revista e atualizada no Brasil – João Ferreira de Almeida – Sociedade Bíblica do Brasil.
“A noite caiu e veio a escuridão. De repente, apareceu um braseiro que soltava fumaça e uma tocha de fogo. E o braseiro e a tocha passaram pelo meio dos animais partidos. Nesta mesma ocasião o Senhor Deus fez uma aliança com Abrão...” Bíblia - Nova Tradução na linguagem de hoje – Sociedade Bíblica do Brasil.
“E sucedeu que, posto o sol, houve escuridão e eis um forno de fumo e uma tocha de fogo, que passou por aquelas metades. Naquele mesmo dia fez o Senhor um concerto com Abrão...” Bíblia edição revista e corrigida – tradução João Ferreira de Almeida – Imprensa Bíblica Brasileira.
Os termos aplicados ao objeto não identificado avistado:
1º. Forno fumegante - lâmpada ardente
2º. Fornalha fumegante - lâmpada incandescente
3º. Fogareiro fumegante - tocha de fogo
4º. Braseiro que soltava fumaça - tocha de fogo
5º. Forno de fumo - tocha de fogo
Comentário:
O escriba que registrou o fato acima, mesmo não tendo a mínima idéia do que havia presenciado, achou que seria importante mencionar tal fenômeno, provavelmente para dar mais credibilidade a aliança feita por Abrão. O próprio Ezequiel também não deve ter compreendido a visão que registrou no primeiro capítulo do seu livro, isto também deve ter ocorrido com muitos outros escribas do passado, como observamos em muitos escritos sagrados da antiguidade, onde encontramos relatos de difícil interpretação.
Mas qual a relação entre o fenômeno relatado e a aliança de Abrão com o seu Deus? A expressão “naquele mesmo dia,” demonstra que o redator do texto achava que havia uma conexão entre o fenômeno avistado e o que ocorreu depois, ou seja a aliança ou concerto, entre o patriarca hebreu e o seu Deus.
Foi uma manifestação do Todo-Poderoso ou de seres extraterrestres? No final você mesmo fará sua conclusão. Você pode estar dizendo, “claro que foi um sinal de Deus, deixe de ser incrédulo!” Uma interpretação simplória é o caminho mais fácil, mas não quer dizer que seja o mais correto. Os que conhecem o meu estudo “Anjos, Deuses ou Ets?”, sabem do que estou falando, pois nele demonstro de forma definitiva as seguintes questões:
• As manifestações descritas na Bíblia como sendo a do próprio Todo-Poderoso, na verdade são aparições de seres que a tradição hebraica denominou de Elohim (deuses). No livro de Jó, por exemplo, a palavra aplicada para Deus é “Eloah”, que muitos lingüistas afirmam ser a forma singular da palavra citada anteriormente..
• O termo traduzido por anjo no português é “malachim” no hebraico, e só quer dizer “mensageiros, enviados”, não se refere a graduação ou nível destes, é um termo genérico.
• No Velho Testamento o termo anjo não se refere a seres espirituais, já que estes na maioria das ocasiões em que aparecem se alimentam e fisicamente em nada diferem dos seres humanos, apesar de demonstrarem capacidade superior.
• Os filhos de Deus do Gênesis capítulo 6, literalmente – “filhos dos deuses – bene ha Elohim”, tiveram relações sexuais com as mulheres dos homens, fato que está bem esclarecido no livro de Enoque, de onde esta história foi extraída, bem como toda visão bíblica sobre os anjos.
Aqueles que estudam e conhecem os milhares de registros sagrados, onde também aparecem fenômenos como o descrito nesta passagem, discordam que tal manifestação seja a do Todo-Poderoso, pois casos semelhantes registraram os escritores romanos, gregos, chineses, egípcios etc., lembro o caso do faraó Akenaton (Amenofis IV), que depois de presenciar um fenômeno semelhante chegou a alterar a sua visão religiosa, criando uma religião monoteísta numa sociedade totalmente politeísta, chegou inclusive a construir uma nova capital para o seu reino – Tell-El-Amarna – em homenagem ao seu Deus.
Temos no texto a descrição de um objetos enigmático sem dúvida. Afinal, o que o escriba, estava querendo descrever?
Uma outra razão me faz duvidar que tenha sido uma manifestação do Todo-Poderoso neste episódio. A fragilidade da base na qual se sustenta tal aliança. Analise comigo: por mais incrível que possa parecer, o sinal da aliança era o corte do prepúcio do órgão genital, mas se tal prática era tão fundamental, por que nada foi mencionado a Moisés no Monte Sinai, tratava-se de deuses diferentes?
E se era uma aliança com toda a raça humana por que só os judeus praticam a circuncisão? Por que Jesus nada falou sobre ela?
Este Deus com o qual Abrão fez aliança, foi o mesmo que lhe pediu o sacrifício do seu filho Isaque? Decida!
Dedicatória
Ao frei Domênico Zapata, professor de teologia na Universidade de Salamanca, Espanha, no ano 1629.
Que foi condenado pelo tribunal da inquisição católica e queimado vivo em 1631 em Valladolid por ter feito as perguntas abaixo:
Com quais argumentos provarei que os livros atribuídos a Moisés foram escritos por ele no deserto?
Poderei afirmar que ele os escreveu para lá do Jordão quando ele nunca o atravessou? O livro do Gênesis é literal ou alegórico?
Como pode Deus criar a luz antes do sol? Como separou Ele a luz das trevas, sendo que as trevas são apenas a ausência da luz?
E a história dos anjos que se tornaram amantes das filhas dos homens e elas conceberam gigantes, me apoiarei no livro de Enoque para explicá-la, já que Gênesis 6 foi extraído do capítulo 7 deste mesmo livro?
O que comeram os animais colocados na arca durante um ano, sem contar o período em que a terra nada podia produzir?
Como poderei justificar as mentiras feitas por Abraão, que fez sua mulher fingir que era sua irmã no Egito e em Gerar, deixando-a ser amante daqueles reis, e no final ainda aceitar seus presentes?
Por que ordenou Deus a Abraão que toda a sua descendência fosse circuncidada e não deu a mesma ordem á Moisés?
Como direi que a aliança de Deus com o patriarca da fé teve como sinal exterior o corte do prepúcio do pênis?
O que direi quando for necessário justificar as bênçãos lançadas sobre Jacó que trapaceou a seu pai?
Como pôde o faraó perseguir os judeus com a sua cavalaria, uma vez que na quinta praga Deus fez perecer os seus cavalos?
Como explicarei: a lei mosaica proíbe comer lebre porque rumina e não tem unhas fendidas, mas sendo que é o contrário, lebres não ruminam e têm unhas fendidas.
Que direi de Jefté que sacrificou sua filha e foi responsável pela morte de 42 mil efraimitas só porque não sabiam pronunciar a palavra shibolet?
Eu vos imploro, dizei-me como Sansão conseguiu prender trezentas raposas, atear fogo em suas caudas e lançá-las contra as plantações dos filisteus?
Como pode Jonas sobreviver três dias no ventre de um peixe e, além disso, Jope (onde pegou o navio) é cidade marítima, mas Nínive onde deveria chegar, não! Onde o dito peixe o teria vomitado?
Livro do profeta Jeremias 8:8; (640 a.C.)
“Como podeis dizer: nós somos sábios e a lei do Senhor está conosco, quando em vão tem trabalhado a falsa pena dos escribas?”
“Quo modo dicitis: Sapientes nos sumus, et lex Domini nobiscum est? vere mendacium operatus est stylus mendax scribarum”!
Versão em Latim Vulgar de Jerônimo, Séc. III d.C.
“πῶς ἐρεῖτε ὅτι σοφοί ἐσμεν ἡμεῖς καὶ νόμος κυρίου ἐστὶν μεθ᾽ ἡμῶν εἰς μάτην ἐγενήθη σχοῖνος ψευδὴς γραμματεῦσιν”.
Septuaginta – Versão grega do II Séc. a.C.
“Deus é apresentado na Bíblia sob aspectos múltiplos e contraditórios. Atribuem-lhe a onipotência, a infinita bondade, a soberana justiça, e rebaixam-no até ao nível das paixões humanas, mostrando-o terrível, parcial e implacável. Fazem-no criador de tudo o que existe, dão-lhe a presciência, onisciência e, depois, apresentam-no como arrependido da sua obra”.
Filósofo Léon Denis
“Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu o Senhor faço todas as coisas”. Is 45:7;
Que foi condenado pelo tribunal da inquisição católica e queimado vivo em 1631 em Valladolid por ter feito as perguntas abaixo:
Com quais argumentos provarei que os livros atribuídos a Moisés foram escritos por ele no deserto?
Poderei afirmar que ele os escreveu para lá do Jordão quando ele nunca o atravessou? O livro do Gênesis é literal ou alegórico?
Como pode Deus criar a luz antes do sol? Como separou Ele a luz das trevas, sendo que as trevas são apenas a ausência da luz?
E a história dos anjos que se tornaram amantes das filhas dos homens e elas conceberam gigantes, me apoiarei no livro de Enoque para explicá-la, já que Gênesis 6 foi extraído do capítulo 7 deste mesmo livro?
O que comeram os animais colocados na arca durante um ano, sem contar o período em que a terra nada podia produzir?
Como poderei justificar as mentiras feitas por Abraão, que fez sua mulher fingir que era sua irmã no Egito e em Gerar, deixando-a ser amante daqueles reis, e no final ainda aceitar seus presentes?
Por que ordenou Deus a Abraão que toda a sua descendência fosse circuncidada e não deu a mesma ordem á Moisés?
Como direi que a aliança de Deus com o patriarca da fé teve como sinal exterior o corte do prepúcio do pênis?
O que direi quando for necessário justificar as bênçãos lançadas sobre Jacó que trapaceou a seu pai?
Como pôde o faraó perseguir os judeus com a sua cavalaria, uma vez que na quinta praga Deus fez perecer os seus cavalos?
Como explicarei: a lei mosaica proíbe comer lebre porque rumina e não tem unhas fendidas, mas sendo que é o contrário, lebres não ruminam e têm unhas fendidas.
Que direi de Jefté que sacrificou sua filha e foi responsável pela morte de 42 mil efraimitas só porque não sabiam pronunciar a palavra shibolet?
Eu vos imploro, dizei-me como Sansão conseguiu prender trezentas raposas, atear fogo em suas caudas e lançá-las contra as plantações dos filisteus?
Como pode Jonas sobreviver três dias no ventre de um peixe e, além disso, Jope (onde pegou o navio) é cidade marítima, mas Nínive onde deveria chegar, não! Onde o dito peixe o teria vomitado?
Livro do profeta Jeremias 8:8; (640 a.C.)
“Como podeis dizer: nós somos sábios e a lei do Senhor está conosco, quando em vão tem trabalhado a falsa pena dos escribas?”
“Quo modo dicitis: Sapientes nos sumus, et lex Domini nobiscum est? vere mendacium operatus est stylus mendax scribarum”!
Versão em Latim Vulgar de Jerônimo, Séc. III d.C.
“πῶς ἐρεῖτε ὅτι σοφοί ἐσμεν ἡμεῖς καὶ νόμος κυρίου ἐστὶν μεθ᾽ ἡμῶν εἰς μάτην ἐγενήθη σχοῖνος ψευδὴς γραμματεῦσιν”.
Septuaginta – Versão grega do II Séc. a.C.
“Deus é apresentado na Bíblia sob aspectos múltiplos e contraditórios. Atribuem-lhe a onipotência, a infinita bondade, a soberana justiça, e rebaixam-no até ao nível das paixões humanas, mostrando-o terrível, parcial e implacável. Fazem-no criador de tudo o que existe, dão-lhe a presciência, onisciência e, depois, apresentam-no como arrependido da sua obra”.
Filósofo Léon Denis
“Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu o Senhor faço todas as coisas”. Is 45:7;
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
Origens das Religiões (Judaísmo, Islamismo, Cristianismo;)
*Zoroastro ou Zaratustra é um dos primeiros grandes profetas que a humanidade conheceu (4000/5000 a.C.) e fundador de uma religião de princípios grandiosos. Ele apareceu quando a antiga Pérsia era povoada pelas tribos Àrias, raça branca de cabelos negros, os quais se dedicavam á cultura do trigo e a criação de grandes manadas de gado.
Na sua religião o deus principal era Ormuz, o criador do céu e da terra, os homens e tudo o que há de bom e agradável no mundo. As tribos árias viviam em constante conflito com os turânios que adoravam Ariman. Neste contexto nasceu uma criança, cujo nome era Ardjasp, seu nascimento foi havia sido profetizado por um vidente da sua tribo, segundo o qual aquela criança seria um rei sem coroa, porém mais poderoso que os outros reis, porque seria coroado pelo sol. Após uma juventude caçando búfalos e combatendo os turânios ele sente que tem uma missão grandiosa. A partir do seu chamado e preparação seu nome é alterado para Zoroastro.
Este profeta foi iniciado nos grandes mistérios por Vahumano, sacerdote do sol, conservador de uma tradição que remonta á Atlântida, comunicou ao seu discípulo tudo que sabia da ciência divina e do estágio do mundo naquele momento. Vahumano lhe ensinou que existem inúmeros espíritos entre o céu e a terra. Infinitas são as suas formas e assim como a esfera divina é ilimitada, o insondável submundo das trevas também possuía os seus graus. O livro em que tudo isto está escrito é o *Zend-Avesta, que descreve o dialogo de Zoroastro com Ormuz. Neste livro são mencionados os Elohins e Querubins, classe de espíritos superiores.
*Nota: “Plínio, grande historiador da antiguidade, registrou o aparecimento de Zoroastro por volta de 1000 anos antes de Moisés. Hermipo, que traduziu o seu livro para o grego, mencionou a sua existência a 4000 anos antes da guerra de Tróia. Eudoxio, outro escritor grego, que o profeta iraniano viveu cerca de 6000 anos antes da morte de Platão. Os estudos de Eugênio Burnouf, Spiegel e outros, demonstram que o seu aparecimento não se deu menos que 2500 antes de Cristo”.
Zend-Avesta quer dizer na língua zenda “Palavra da Vida”. O descobridor desta língua e da primitiva religião persa foi o francês Anquetil Duperron.
Zerduscht (língua zenda), Zaratustra, Zoroastro (grego) – Estrela dourada, esplendor do sol. Ahura-Mazda - Auréola do onisciente, espírito do universo.
A TEOLOGIA DE ZOROASTRO
Ahura-Mazda (Ormuz) era a divindade suprema da religião persa. Outras divindades que com ele dividiam o governo do mundo são: Mithra, o sol; Vayou, o vento e Anayta, a deusa das águas.
Gênios distintos e espíritos benfeitores dividem com este deus a tarefa de governar o mundo. No cristianismo e judaísmo Deus governa com os seus anjos.
Ormuz tem um opositor que se chama Ariman.
No cristianismo Deus tem um opositor que é Lúcifer, o qual é ajudado por
uma infinidade de demônios que disputam o seu predomínio.
Ariman, “o destruidor”, é representado por uma serpente. Ele é o criador de todo mal, a dor,
o crime e a mentira.
Esta luta sem trégua entre os deuses do bem e do mal terminará um dia com o triunfo de Ormuz, então começará na terra um novo tempo para os homens.
A serpente também aparece no cristianismo como símbolo do mal, é o mesmo conceito dualista da religião judaica e cristã.
Não eram admitidas estátuas para se adorar Ormuz, nem templos eram construídos. Como no cristianismo protestante, judaísmo e islamismo as imagens de santos são desprezadas.
O fogo lhe representava, símbolo da pureza, que se mantinha constantemente acesos nos altares que lhe eram oferecidos nos lugares mais altos e onde também animais e oferendas diversas eram ofertadas.
No tabernáculo dos judeus e nos altares dos católicos o fogo está presente, através do candelabro das velas. O fogo tanto nas religiões cristãs como hebraica tem o mesmo sentido da religião mazdeista.
Para servir a este deus era necessário que os homens tivessem uma vida honrada, pois, deveriam ajudar a Ormuz a fazer triunfar a justiça. Deviam de despojar de todo o pensamento impuro e evitar todo ato mal, pois cada vez que o homem mente e rouba trai o seu deus e provoca a alegria de Ariman. O homem digno - diz o Zend Avesta - livro que contém os ensinos de Zoroastro - é aquele que cultiva bons pensamentos, boas palavras e boas ações. É aquele que cultiva os seus campos, se estabelece e pratica uma vida pura, pois isto agrada mais a Ormuz do que sacrifícios. Segundo o zoroastrismo a alma era imortal.
Três dias após a morte, a alma, a qual flutuava ao redor do corpo, era arrastada pelo vento e conduzida a presença de um tribunal. Os componentes deste tribunal eram: Mithra, Sraocha e Rachnu, os quais pesavam na balança as ações que o julgado havia realizado em sua vida e logo a alma atravessava o poente “chinvat” sobre os abismos infernais.
Este caminho levava a presença de Ormuz. Para o impuro este caminho era tortuoso e por fim ele acabava caindo nas regiões de trevas eternas onde os demônios lhe convertiam em sua presa. Nas mansões dos pesos iguais, tipo de purgatório, ficavam as almas dos que não haviam levado uma vida nem tão certa, nem tão errada. A morte significava um triunfo passageiro de Ariman. A religião de Zoroastro, muito superior às religiões politeístas da Mesopotâmia, era de moral extremamente elevada. Quando os persas criaram um império, o contato com outras culturas descaracterizou sua religião e outros cultos estranhos foram adotados.
Quando as Escrituras Hebraicas foram compiladas e reescritas por Esdras um grande número de adições foram feitas, isto no período subseqüente a colonização persa. O dualismo, bem e mal, forças opostas sempre em disputa no universo. É um conceito do mitraísmo.
A teologia angelical dos judeus, islâmicos e cristãos, com suas terminologias e hierarquia, tem aí sua origem. A realidade do céu e inferno também, juntamente com a idéia do purgatório católico. Observe a evolução dos conceitos de Zoroastro no maniqueísmo nas notas explicativas.
INFLUÊNCIA CALDEU-BABILÔNICA
DILÚVIO
Neste conto mesopotâmico há uma inquestionável semelhança com a passagem contida do Gênesis sobre o dilúvio: “Houve um tempo em que Enlil, o mais poderoso dos deuses, se desgostou da humanidade e decidiu mandar uma inundação da qual nenhum vivente pudesse escapar. Mas a sentença pareceu demasiadamente rigorosa a deusa Ea, que num sonho avisou a Utnapishtim, o mortal da sua predileção. Utnapishtim construiu um barco para seu uso e dentro dele colocou a sua família e uma amostra de todas as criaturas vivas. O barco resistiu á tempestade que durou seis dias e seis noites.
No sétimo dia, quando as águas tinham baixado, Utnapishtim desembarcou no alto da montanha de Nissir e solta uma pomba para verificar se a terra estava seca.
Gilgamesh, grande herói e rei de Erech (Uruk) desejou a imortalidade e ao pedi-la a Utnapishtim, este revelou-lhe um segredo: no fundo do oceano há uma planta espinhosa e aquele que comê-la alcançará a juventude eterna. Gilgamesh assim o fez, porém ao voltar para a sua terra descuidou-se e uma serpente engoliu a planta preciosa.” Nestes contos enraizados na cultura caldeu-babilônica diversos elementos se confundem com aquele do livro do Gênesis: temos uma planta que pode proporcionar a imortalidade a quem prová-la e também uma serpente que faz o sonho do personagem cair por terra.
IINFLUÊNCIA FENÍCIA
“Naquele dia punirá Yahweh com a sua dura espada,a grande e forte leviatã, serpente tortuosa e matará o monstro que habita o mar.” (Is 27:1;)
Na mitologia fenícia leviatã é um monstro primitivo (dragão ou serpente) criado pela imaginação popular. Aparece em alguns trechos bíblicos: Este texto, foi provavelmente influenciado por um poema encontrado em Ras-shamra (XIV a.C.) desta forma: “Tu esmagarás leviatã, serpente esquiva, destruirás a serpente tortuosa, com sua força de sete cabeças”. Mais um elemento de outra cultura assimilado pelos hebreus.
INFLUÊNCIA ASSÍRIA
Cherubim, os anjos guardiões do Éden e da arca da aliança, forma masculina plural é uma palavra emprestada do assírio karibu. Os karibus eram criaturas meio animal, meio humana que guardavam a porta dos templos e palácios assírios.
INFLUÊNCIA CANANITA
Como já vimos, muito da mitologia babilônica está presente na cultura religiosa dos judeus, mas não podemos esquecer da influência da terra de Canaã. Entre as centenas de divindades cananitas temos: El e Baal, que também foi assimilado pela cultura fenícia. El era o rei supremo da corte celeste, era conhecido como Deus benigno e compassivo. Em Canaã o rei era chamado de “servo de El”. Ismael, Miguel, Rafael, Emanuel são alguns nomes que registram a forte presença deste deus cananita na cultura hebraica. El é a forma abreviada de Elohim para alguns estudiosos, e para outros, simplesmente a forma singular deste.
Dr. Inman escreveu no século 19 em sua obra Ancient Faiths and Modern:
“Tenho demonstrado que o Velho Testamento que chegou até nós através dos judeus, não é uma mina de verdades como muitos têm falado. Não é uma revelação dada por Deus ao homem na sua maior parte, pois está recheado de contradições. Os seus mitos podem ser encontrados entre os sumérios, assírios, babilônios, persas, egípcios e até entre os gregos. Tenho provado também que a sua antiguidade tem sido exagerada. A tão propalada lei mosaica não era conhecida até o tempo de Davi. Tenho demonstrado também que os judeus adotavam rapidamente os costumes e crenças dos povos que o conquistavam.e ainda que eles não podem reivindicar a posse de uma revelação exclusiva e que os seus escritos não são superiores aos dos egípcios, gregos, chineses e islâmicos”.
CALENDÁRIO
O que vamos demonstrar agora é que o calendário hebraico também é de origem babilônica. O mês judeu começa quando a lua crescente se torna visível pela primeira vez no crepúsculo. Além da lua nova, também a lua cheia era investida de grande significado religioso. A páscoa era determinada pela primeira lua nova no equinócio da primavera. Estudos dos registros cuneiformes babilônicos revelou que o shabbatum destes (dia de lua cheia) caía no 14 ou 15 do mês, o qual pode ter sido o significado original do termo hebraico shabbath.
Tudo que vimos até agora indica que as religiões citadas não são fruto de uma revelação divina, mas ramos das teologias que as antecederam. O mérito destas foi terem transformado a profusa mitologia mesopotâmica e cananita na base de uma religião monoteísta.
Extaído do livro Face Oculta do Cristianismo do Prof. W.X.
Extaído do livro Face Oculta do Cristianismo do Prof. W.X.
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Promessas Bíblicas Não Cumpridas
Promessa: não haverá falta de alimentos:
“Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e colheita[...]” (Gn 8:22;).
Nota: Mas em muitas partes na Bíblia há registros de falta de alimentos. Houve fome no tempo de José e Davi:
“e começaram a vir os sete anos de fome, como José tinha dito; e havia fome em todas as terras; porém, em toda a terra do Egito havia pão” (Gn 41:54,56;). Nota: Mas em muitas partes na Bíblia há registros de falta de alimentos. Houve fome no tempo de José e Davi:
“Porque já houve dois anos de fome na terra, e ainda restam cinco anos em que não haverá lavoura nem sega” (Gn 45:6; ).
“Nos dias de Davi houve uma fome de três anos consecutivos” (2 Sm 21:1;).
Promessa não cumprida!
Promessa: Jesus garantiu a Paulo que ninguém lhe faria mal:
"E de noite disse o Senhor em visão a Paulo: Não temas, mas fala e não te cales; porque eu estou contigo e ninguém te acometerá para te fazer mal, pois tenho muito povo nesta cidade" (Atos 18:9-10;).
Uma multidão atacou Paulo (Atos 21:20;).
Os ajudantes do sumo sacerdote bateram nele (Atos 23:2;).
Paulo foi aprisionado (Atos 24:27;).
Promessa não cumprida!
Promessa: Deus prometeu a Abraão que seus descendentes, os judeus, receberiam toda a terra desde o Rio do Egito (o Nilo) até o Rio Eufrates:
"Naquele mesmo dia fez o Senhor um pacto com Abrão, dizendo: Á tua descendência tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até o grande rio Eufrates" (Gn 15:18;).
“Dar-te-ei a ti e à tua descendência depois de ti a terra de tuas peregrinações, toda a terra de Canaã, em perpétua possessão; e serei o seu Deus” (Gn 17:3-8;).
Veja também: Gênesis 13:15; Êxodo 32:13;
Em Josué a promessa se repete:
"Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo dei, como eu disse a Moisés. Desde o deserto e este Líbano, até o grande rio, o rio Eufrates, toda a terra dos heteus, e até o grande mar para o poente do sol, será o vosso termo" (Josué 1:3-4;).
Nota: O território israelita nunca se estendeu até o Eufrates e é muito duvidoso que, devido as condições político-diplomáticas da atualidade, ele se estenda até o Nilo. Canaã era a terra a oeste do Rio Jordão e o Mar Morto, entre essas águas e o Mediterrâneo, a região mais tarde chamada Palestina. Os Judeus não receberam toda Canaã para sua possessão perpétua e é provável que isso nunca aconteça. Revoltas dos Judeus contra os romanos no ano 70 d.C., levaram a sua dispersão pelo mundo. Por 18 séculos turcos, persas e árabes ocuparam a Palestina. Os Judeus começaram a retornar em número significativo apenas em 1921, um pouco antes da criação do moderno estado de Israel em 1948 e até hoje brigam por um pedaço dela.
Promessa não cumprida!
Promessa: Deus prometeu a Davi que sua linhagem real e seu trono durariam “de geração em geração".
“Quando se cumprirem os teus dias, para ires a teus pais, levantarei a tua semente depois de ti, um dos teus filhos e confirmarei o seu reino. Este me edificará casa e eu confirmarei o seu trono para sempre...seu trono será firme para sempre” (I Cr 17:12-14;).
“Fiz um pacto com o meu escolhido; jurei ao meu servo Davi: Estabelecerei para sempre a tua descendência, e firmarei o teu trono por todas as gerações” (Sl 89:3-4;).
“Uma vez para sempre jurei por minha santidade; não mentirei a Davi. A sua descendência subsistirá para sempre, e o seu trono será como o sol diante de mim; será estabelecido para sempre como a lua, e ficará firme enquanto o céu durar” (Sl 89:35-37;).
“Assim disse o Senhor a Salomão: Já que houve isto em ti, que não guardaste a minha aliança e os meus estatutos que te ordenei. Certamente rasgarei de ti este reino e o darei a teu servo” (I Rs 11; 11; ).
Eis que surge uma nova promessa no Novo Testmento prometendo a Jesus o trono de Davi:
“Eis que conceberás e darás à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. Este será grande e será chamado filho do Altíssimo; o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi seu pai; e reinará eternamente sobre a casa de Jacó, e o seu reino não terá fim” (Lc 1:32-33;).
Nota: Como vimos o reino de Davi, por descuidos do seu filho Salomão acabou disputado entre os seus dois filhos. Depois de Zedekiah não houve rei Davidiano por 450 anos. A linhagem real foi finalmente restaurada com Aristobolus, da dinastia Hasmoneana, mas ela também acabou. E a promessa que Jesus se assentaria no seu trono não se cumpriu também.
Promessa não cumprida!
Promessa: a cidade de Damasco se tornará em ruínas:
“Oráculo acerca de Damasco. Eis que Damasco será tirada, para não mais ser cidade, e se tornará um montão de ruínas” (Is 17:1;).
Nota: mas Damasco, a capital da Síria, uma das cidades mais antigas do mundo, prospera hoje em dia. Ela tem sido continuamente habitada desde sua fundação. Nunca foi um montão de ruínas.
Promessa não cumprida!
Promessa: que a terra de Edom, que fica entre o Mar Morto e o Golfo de Acaba, se tornaria "piche ardente".
“As suas torrentes se converterão em pez, o pó do seu chão, em enxofre; a sua terra ficará reduzida a pez ardente, que não se apagará noite e dia; a sua fumaça subirá para sempre; de geração em geração subsistirá a ruína; pelos séculos dos séculos não haverá quem passe por ela" (Is 34:8-10;).
Nota: Pez é uma substância densa obtida pela destilação de alcatrão, piche. Nome também dado frequentemente aos betumes naturais. Mas a terra de Edom nunca e tornou o que foi prometido e lá pessoas ainda continuam passando até os dias de hoje.
Promessa não cumprida!
Promessa: Jerusalém e as cidades de Judá se tornariam um monte de pedras, uma morada de chacais, desoladas, sem habitantes.
“E farei de Jerusalém montões de pedras, morada de chacais, e das cidades de Judá farei uma desolação, de sorte que fiquem sem habitantes” (Jr 9:11;).
Nota: Nem Jerusalém nem Judá alguma vez estiveram desoladas e sem habitantes em algum período (nem durante a dispersão dos Judeus) e o Novo Testamento prediz que Jerusalém será uma cidade eterna.
Promessa não cumprida!
Promessa: que os judeus que entrassem no Egito morreriam a espada:
“Assim diz o Senhor dos exércitos, Deus de Israel: Se vós de todo vos propuserdes a entrar no Egito, e entrardes para lá peregrinar, então a espada que vós temeis vos alcançará ali na terra do Egito, e a fome que vós receais vos seguirá de perto mesmo no Egito, e ali morrereis. Assim sucederá a todos os homens que se propuserem a entrar no Egito, a fim de lá peregrinarem: morrerão à espada, de fome, e de peste; e deles não haverá quem reste ou escape do mal que eu trarei sobre eles. Pois assim diz o Senhor dos exércitos, Deus de Israel: Como se derramou a minha ira e a minha indignação sobre os habitantes de Jerusalém, assim se derramará a minha indignação sobre vós, quando entrardes no Egito. Sereis um espetáculo de execração, e de espanto, e de maldição, e de opróbrio; e não vereis mais este lugar. Falou o Senhor acerca de vós, ó resto de Judá: Não entreis no Egito. Tende por certo que hoje vos tenho avisado” (Jr 42:15-19;).
Nota: Mas muitos Judeus viveram no Egito pacificamente. Muitos vivem lá até hoje. Inclusive em Alexandria os judeus estabeleceram um grande centro cultural no primeiro século d.C.
Promessa não cumprida!
Muito cuidado quando um padre ou pastor se aproximar dizendo que Deus falou, disse, prometeu etc. Quando a oferta é demais até o santo desconfia!
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