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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Os Sacrifícios Humanos na Biblia...





Na Bíblia os sacrifícios de animais são apresentados como ordenação divina, como meio compensador ou ato expiatório pelos pecados do povo hebreu. A necessidade de tal prática, derramamento de sangue, é tratada no livro de Levítico.

Neste estudo vamos tratar de um tema ainda mais polêmico, os sacrifícios humanos. Está prática era comum entre os povos hebreus? Sabemos que era entre muitos povos da antiguidade, mas tal ordenação veio do Deus bíblico?

Quando Abraão habitava em Ur dos sumérios, inúmeras civilizações já não mais figuravam no palco da história e muitas outras ainda construíam a sua (assírios, babilônios, caldeus, egípcios, chineses, olmecas, indianos, minoanos, o povo de  Tiahuanaco etc), portanto, apresentar as leis  que aparecem no Antigo Testamento  como reveladas pelo Todo poderoso é acima de tudo desconhecimento histórico.       
Dizer onde se originou as práticas sacrificiais de animais ou humanas – é tarefa impossível, mas podemos afirmar que esta prática já estava enraizada em muitas culturas tanto na  mesoamérica, Palestina bem como na África.
 
O Sacrifício de Abraão
 
 Então disse Deus: Toma o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas e vai á terra de Moriá e oferece-o ali em holocausto sobre um dos montes que te mostrarei(Gn 22:2;).
 
No caso de Abraão, o mesmo foi impedido por um anjo no último instante de sacrificar seu filho, mas fica claro que esta era uma prática comum na cultura época. Se foi o Deus Criador que a ele solicitou o pedido, eu duvido. Estas  citações na Bíblia que falam da  necessidade de sacrifícios de sangue para se alcançar aprovação diante de Deus são no mínimo apavorantes.  

É bom lembrarmos que está no livro do Gênesis a origem das práticas sacrificiais e a necessidade destes sacrifícios de sangue para agradar a Deus, precedem a  lei mosaica, veja:
 
Ao cabo de dias trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao Senhor. Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura. Atentou o Senhor para Abel e para sua oferta, mas para Caim e para sua oferta não atentou(Gn 4:3-4;).

Por que o Deus do Gênesis não aceitou a oferta de Caim? Porque ela não tinha sangue?
Veja bem, foi o sacrifício que  Noé ofereceu  a Deus que o fez desistir de destruir a Terra, muito estranho! 

“Então edificou Noé um altar ao Senhor  e tomando de todos os animais limpos e de todas as aves limpas, ofereceu holocaustos sobre o altar. O Senhor sentiu o suave cheiro e disse em seu coração: não tornarei mais a amaldiçoar a terra por causa do homem [...]” (Gn 8:20,21;). 

Consagração de homem e animal a Deus

“Todavia, nenhuma coisa consagrada, que alguém consagrar ao SENHOR de tudo o que tem, de homem, ou de animal, ou do campo da sua possessão, se venderá nem resgatará; toda a coisa consagrada será santíssima ao SENHOR. Toda a coisa consagrada que for consagrada do homem, não será resgatada; certamente morrerá”. (Lv 27:28,29)
 
Pai Oferece Filha em Holocausto
 
O juiz Jefté matou sua única filha em *holocausto á Yahweh por ter vencido os amonitas, numa descrição dramática e dolorosa: 
 
“E Jefté fez um voto ao Senhor: Se totalmente entregares os filhos de Amon nas minhas mãos, qualquer que, saindo da porta da minha casa, me vier ao encontro, voltando eu vitorioso dos filhos de Amon, esse será  do Senhor e o oferecerei em holocausto...Vindo Jefté á Mispa , á sua casa,  a sua filha lhe saiu ao encontro com adufes e com danças. Era filha única.  Não tinha ele nem outro filho nem filha. Quando a viu rasgou as suas vestes e disse: Ah! Minha filha! Muito me abatestes, és a causa da minha calamidade, porque fiz voto ao Senhor e não voltarei atrás. Respondeu ela: Pai meu, fizeste voto ao Senhor. Faze de mim segundo o teu voto, agora que o Senhor te vingou dos teus inimigos, os filhos de Amon. Concede-me este único pedido: deixa-me  por  dois meses que vá e desça pelos montes e chore a minha virgindade eu e as minhas companheiras. Ao fim de dois meses, ela voltou a seu pai, o qual cumpriu nela o voto que tinha feito”  (Jz 11:30-40;).
 
*NOTA: Entre os hebreus, sacrifício em que a vítima era totalmente consumida pelo fogo. 

Crucificação de Sete Homens

Nos dias de Davi uma seca de três anos assolou Israel, então ele consultou o oráculo e veio a resposta: 
 
“O Senhor respondeu-lhe: Isto aconteceu por causa de Saul e da sua casa sanguinária, porque mataram os gibionitas” (II Sm 21:1;).
 
Então o rei Davi entregou sete filhos de Saul para serem crucificados, sacrificados (enforcados) e oferecidos a Deus pelos gibeonitas, já que Deus (não me pergunte qual), lhe havia dito que aquela escassez era devido a forma cruel como Saul procedera para com os gibeonitas.
“E (Davi) entregou-os aos gibionitas, que os crucificaram no monte diante do Senhor. Assim acabaram estes sete homens [...]” (II Sm 21:9;).
 "et dedit eos in manus Gabaonitarum: qui crucifixerunt eos in monte coram Domino: et ceciderunt hi septem simul occisi in diebus messis primis, incipiente messione hordei". Versão em latim da Vulgata Latina.

Por mais incrível que pareça depois da crucificação daqueles homens o Deus de Davi se acalmou e as coisas voltaram ao normal, acabou a seca. 
 
Leia:
 
  “ [...] e Depois disto Deus se aplacou para com a terra” (II Sm 21:1-13).  



 
 

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Livro 1000 Faces da Bíblia


LANÇAMENTO 
 EM NOVEMBRO 
DE 2020



Lendo este livro você irá compreender

porque baseadas na Bíblia surgiram

dezenas de milhares de igrejas cristãs,

cada uma advogando para si a  mais perfeita

 interpretação e  divina autoridade.

        A maioria dos cristãos e adeptos de outras confissões religiosas  não têm a mínima ideia da origem da sua religião e muitos dos seus líderes   não têm a mínima intenção de compartilhar aspectos obscuros da sua teologia com os leigos, visto que tal atitude diminuiria a sua imagem de porta voz da divindade. O que observamos é que uma geração vai repetindo o que a outra disse como verdadeiros papagaios. O que fazemos neste simples volume é uma tentativa de mostrar que há na Bíblia elementos contraditórios e inconsistentes  que podem ser facilmente demonstrados sem que isso ofusque o seu aspecto místico e a sua importância histórica e o seu caráter teológico. As observações registradas seguem  uma constatação de registros históricos incontestáveis. Faça a sua própria busca e julgue se aquilo que será apresentado confere  cem por cento com a verdade.

       Como os especialistas sabem, há dezenas de versões das assim chamadas escrituras originais. As mais importantes são a Septuaginta, primeira versão grega da Torá (Antigo Testamento) feita em Alexandria a pedido de Ptolomeu Lagos (367-282 a. C.), e a Vulgata Latina, que é a tradução para o latim das Escrituras Hebraicas por São Jerônimo, ele viveu entre os anos de 342 e 420 d.C., era um grande sábio e padre de Belém e Cesaréia, conhecedor profundo do latim, grego e hebraico.  O papa Dâmaso o convocou para traduzir uma enorme quantidade de manuscritos destoantes, o qual assim desabafou ao terminar a obra em uma carta ao Papa: 

 De velha obra me obrigais a fazer obra nova. Quereis que de alguma sorte eu  me coloque como árbitro entre os exemplares das Escrituras que estão dispersos pelo mundo? Como  diferem entre  si  para  que faça distinção com  os  que  estão de  acordo  com  o verdadeiro texto grego. É um piedoso trabalho, mas é um perigoso arrojo da parte de quem deve ser julgado por todos.”   
       
      As passagens bíblicas que compilamos para esta edição são amplamente conhecidas por aqueles que estudam a Bíblia, mas que ainda suscitam calorosos debates em todos os segmentos cristãos pelo mundo. Leiamos os textos  com a mente aberta sem aquela auréola de possuidores da única visão agraciada pelo Todo Poderoso.


ethel.editora@gmail.com

42-99932-6191
 


sexta-feira, 11 de abril de 2014

Páscoa - Festa da Fertilidade Pré-Cristã




Como já sabemos as datas do nascimento e morte de Jesus são imprecisas e a bem da verdade, por estratégia da Igreja  foram associadas às festividades já existentes há dezenas de séculos pelos povos do Oriente Médio e da Europa pré-cristã.

Para entender a existência de algumas festividades antigas é preciso que compreendamos que os antigos baseavam a sua vida no movimento dos astros (Sol, Lua, constelações). As festas eram parte de suas vidas e marcavam início de ciclos e estações.

Na astroteologia antiga o Sol e a Lua tinham status de divindade, cuja influência determinava a sobrevivência dos homens sobre a Terra. A maioria dos povos adotavam o calendário lunar, alguns o solar. Como a morte de Jesus foi atrelada a data deste festival (páscoa) pelo Cristianismo, sendo esta celebrada em data móvel lunar, portanto a morte do judeu mais famoso de todos em tempos também muda de data todos os anos. Simples, mas complexo, como podemos perceber ao longo deste estudo.

 No apêndice no final deste estudo  daremos uma definição precisa sobre vários tópicos necessários para a compreensão deste assunto.

Páscoa - do hebraico Pessach,  significa "passagem". Embora se acredita representar o momento da "ressurreição de Jesus Cristo" pelos cristãos, o festival da Páscoa existia em tempos pré-cristãos (inclusive muito antes). Festival que no início da Primavera celebrava a fertilidade da Terra e cuja divindade símbolo era Ishtar, a "deusa da Fertilidade". Sua data ocorria na primeira Lua cheia após o equinócio de primavera, no nosso caso, ela é celebrada no  Domingo após a primeira lua nova que segue o equinócio de Outono.


"Nos panteões politeístas da antiguidade em que habitualmente havia um rei ou chefe dos deuses, e também uma contrapartida do sexo feminino que era considerada como sua esposa. Uma das divindades mais importantes do antigo Oriente Próximo era chamada por vários nomes, como Ishtar, Athtar, Astarte, Astarote, Antit, e Anat. Esta deusa mãe sempre foi associada com a fertilidade humana. No decorrer do tempo, Maria tornou-se identificada com esta deusa-mãe antiga, ou talvez deve-se dizer que Maria estava prestes a suplantá-la." (Dr. Rolland E. Wolfe, professor de Literatura Bíblica na Case Western Reserve University).

Festas Relacionadas ao Sol e a Lua

  NatalFesta do nascimento do Sol no hemisfério norte. Data fixa no dia 21 de Dezembro, solstício de inverno. Baseada no calendário solar.

Páscoa - Festa da fertilidade no hemisfério norte, baseada no calendário lunar. 

Calendário Lunar 

Surge entre os povos de vida nômade ou pastoril. Baseado nas fases da Lua, o dia começa com o pôr-do-sol. O ano é composto de 12 lunações de 29 dias e 12 horas (ou seja, meses de 29 e 30 dias intercalados), num total de 354 ou 355 dias. A defasagem de 11 dias em relação ao ano solar (365 dias) é corrigida pela inclusão de um mês extra periodicamente. 

Esse calendário precisa ser ajustado sistematicamente para que o início do ano corresponda sempre a uma lua nova (o mês lunar não é igual a um número inteiro de dias e os meses devem começar sempre com uma lua nova). Para que os meses compreendam números inteiros de dias, adota-se o emprego de meses alternados de 29 e 30 dias.
O mês lunar corresponde ao período de tempo entre duas lunações, cujo valor aproximado é de 29,5 dias. Lua leva cerca de 28 dias para dar a volta na Terra - e um ano, segundo esse calendário, teria apenas 354 dias, cerca de 11 dias e 6 horas a menos do que o tempo que nosso planeta leva para dar a volta no Sol.

Em 10 anos, mais de três meses! Com isso, o verão começaria um ano em dezembro e, dez anos depois, em setembro! As antigas civilizações que usavam o calendário lunar perceberam essa diferença, que era "consertada" adicionando-se alguns dias no final do ano.

Comparado ao ciclo solar, o mês lunar é móvel, percorrendo ao longo dos 33 anos todas as estações do ano.

Calendário Solar 

Baseado no ano solar, que é o tempo real gasto pela Terra para completar uma volta completa ao redor do Sol (movimento de translação). O ano solar, também chamado de tropical, tem 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos.

Estabelece o ano de 365 dias, dividido em 12 meses. A soma das seis horas (arredondamento de 5h48m46s) que sobram a cada ano resulta no ano bissexto a cada quatro anos (6 horas x 4 = 24 horas, ou seja, um dia a mais em fevereiro). O calendário solar surge entre as populações agrícolas. O ano solar é o período de tempo decorrido para completar um ciclo de estações (primavera, verão, outono e inverno). O ano solar médio tem a duração de aproximadamente 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 47 segundos. Portanto o período de tempo que a Terra leva para contornar o Sol. A cada quatro anos, as horas extras acumuladas são reunidas no dia 29 de Fevereiro, formando o ano bissexto, ou seja, o ano com 366 dias.



Apêndice


Equinócio - A palavra equinócio significa "noite igual", ou seja, quando a duração do dia é a mesma da noite. Há uma intersecção da trajetória do Sol com a linha do Equador. Acontece aproximadamente nos dias 21 de março (equinócio de outono no hemisfério sul) e 23 de setembro (equinócio da primavera no hemisfério sul).


Solstício - A palavra solstício significa "Sol quieto", pois nesses dias o Sol alcança suas posições extremas nos pontos onde aparece e se oculta. Dá origem aos dias mais longos e mais curtos do ano. É o instante em que começa o verão ou o inverno. É o ponto em que o sol está mais distante do Equador. Situa-se nos dias 22 ou 23 de junho para maior declinação boreal (solstício de inverno no hemisfério sul) e 22 ou 23 e dezembro para maior declinação austral (solstício de verão no hemisfério sul). No hemisfério norte ocorre o contrário.

Mito Babilônio pascal - Esse festa celebra o retorno de Semíramis em sua forma reencarnada da deusa da primavera. Semiramis, a fundadora da Babilônia e de seus jardins suspensos. Subiu ao céu transformada em pomba, após entregar a coroa ao seu filho, Tamuz.  Mas a Páscoa não celebra a morte e ressureição de Jesus? Semiramis é uma deusa do panteão babilônico de milhares de anos antes do nascimento de Jesus. 


Percebe-se então, que essa "festa pagã" astro-teológica acontece de fato nessa data apenas no hemisfério norte. Ou seja, a "Páscoa" como tal, no hemisfério sul deveria acontecer em Setembro (Primavera no Hemisfério Sul). 


A "Sexta de Páscoa" (sexta-feira da paixão ou sexta feira santa) tem uma histórica relação com a terceira lua cheia a partir do início do ano. Isso esclarece porque é uma data "Astro-teológica".

Marias e As Deusas do Passado




A história de Maria mãe de Jesus é apenas uma readaptação pagã Cristã da história original de Semiramis mãe de Tamuz.

 Esse papo de Maria ser virgem e ter dado a luz a uma criança divina, esquece de citar que ela  não foi a primeira. 

Muitas "Marias" cópias de Semiramis ocorreram antes. Vejamos:


Babilônia - Ishtar (Easter), também chamada Deusa da Lua.


Chineses - Shing-Moo - Santa mãe chinesa.


Druídas - Virgo Paritura.


Saxões - Ostera é a deusa da fertilidade e do renascimento na mitologia anglo-saxã.


Egito - Ísis do Egito antigo - deusa da fertilidade.


Efésios - Diana - a deusa da Lua.


Etruscos - Nutria.


Alemães (antigos) — Herta. 

Gregos — Afrodite ou Ceres.


Índia - Isi / Indrani.


Judeus - Astarte - Filha de Baal. Rainha dos Céus, deusa da Lua e da fertilidade.


Hindú  - Devaki mãe de Krishna.


Roma - Vênus / Fortuna. Deusa do amor.


Escandinavos - Disa.


Gregos - Hemera, personificava a luz do dia e o ciclo da manhã.  

Cibele da Frígia, "Mãe dos Deuses" ou Deusa mãe, simbolizava a fertilidade da natureza.


Sumérios - Inana Deusa do amor e da fertilidade. Era irmã do deus-sol Utu. É cognata das deusas semitas da Mesopotâmia (Ishtar) e de Canaã (Asterote e Anat), tanto em termos de mitologia como de significado.