- No primeiro dia Deus criou a luz (Gn 1:3-5;).
O sol (que faz a separação entre a noite e o dia) não foi criado até o quarto dia (1:14-19;).
- As árvores foram criadas antes do homem (Gn 1:11-12, 26-27;).
O homem foi criado antes das árvores (2:4-9;).
- No início não havia plantas, porque não havia chuva, no entanto um vapor subia da terra e regava toda a face da Terra. Regava o quê se não havia plantas?
“Não havia ainda nenhuma planta do campo na terra, pois nenhuma erva do campo tinha ainda brotado; porque o Senhor Deus não tinha feito chover sobre a terra, nem havia homem para lavrar a terra. Um vapor, porém, subia da terra, e regava toda a face da Terra” (Gn 2:5,6;).
- Os pássaros foram criados antes do homem (Gn 1:20-21, 26-27;).
- Os animais foram criados antes do homem (Gn 1:24-27;).
- O homem e a mulher foram criados ao mesmo tempo (Gn 1:26-27;).
O homem foi criado primeiro, a mulher depois (2:7, 21-22;).
- Deus encoraja a reprodução (Gn 1:28;).
Deus exige ritos de purificação logo após o parto, o que dá a entender que tal ato é pecaminoso. O período de purificação após o nascimento
de uma menina é duas vezes maior do que do sexo oposto (Lv 12:1-8;).
- Deus estava satisfeito coma a criação (Gn 1:31;).
Deus não estava satisfeito com a criação. O que se contrapõe à idéia de um Deus onisciente (6:5-6;)
- Conforme estes registros (Gn 2:4; 4:26; 12:8, 22:14-16; 26:25;), no texto original Deus já aparece como “Yahweh” muito antes do tempo de Moisés, mas... “Disse mais Deus a Moisés: Eu sou o Senhor. Apareci a Abraão, a Isaque e a Jacó, como o Deus Todo-poderoso, mas pelo meu nome, o Senhor (Yahweh), não lhes fui conhecido” (Ex 6:2-3;).
Nota: Ou Deus se esqueceu e cometeu um engano, ou quem escreveu o livro do Êxodo não leu os registros do Gênesis.
- Deus prefere a oferta de Abel e recusa a de Caim (Gn 4:4-5;).
Mas este texto diz que Deus não escolhe presentes:
“Pois, não há no Senhor nosso Deus iniqüidade, nem acepção de pessoas, nem aceitação de presentes” ( 2 Cr 19:7;).
- Todas as criaturas, a não ser Noé e sua família, foram aniquilados pelo dilúvio (Gn 7:21;). Mas havia nephilins (gigantes) também depois do dilúvio (Nm 13:33;).
- Noé e sua família entraram na arca (Gn 7:7;).
Neste versículo diz que eles entraram de novo (Gn 7:13;).
- Terah tinha 70 anos quando seu filho Abraão nasceu (Gn 11:26;).
Terah tinha 205 anos quando morreu, isto dá a Abraão na época de sua morte a idade de 135 anos (Gn 11:32;).
Nota: Mas Abraão tinha na verdade 75 anos quando saiu de Harã depois da morte de seu pai (Gn 12:4; At 7:4;).
- Deus promete à Jacó que ele não mais seria chamado de Jacó, pois seu nome é Israel (Gn 35:10;).
Mais tarde o próprio Deus o chama de Jacó (46:2;).
· “No princípio Elohim criou os céus e a terra” (Gn 1:1;)
Neste primeiro verso da Bíblia já notamos um problema na tradução, o qual foi amplamente
exposto por Voltaire em seu “Dictionnaire Philosofique, ed. 1860, t. 13, p. 459:
exposto por Voltaire em seu “Dictionnaire Philosofique, ed. 1860, t. 13, p. 459:
“Aquele que possui um pouco de instrução na língua hebraica não pode ignorar que o
verdadeiro sentido deste texto é: “No princípio os deuses criaram os céus e a terra”.
A idéia de que os céus foram criados para a terra sempre prevaleceu entre os povos
ignorantes do passado. É como se disséssemos que havendo Deus criado as
montanhas e um grão de areia, criou aquelas para este e não o contrário”.
verdadeiro sentido deste texto é: “No princípio os deuses criaram os céus e a terra”.
A idéia de que os céus foram criados para a terra sempre prevaleceu entre os povos
ignorantes do passado. É como se disséssemos que havendo Deus criado as
montanhas e um grão de areia, criou aquelas para este e não o contrário”.
Você não precisa ser conhecedor da língua hebraica para deduzir isto, veja, por exemplo,
a seguinte passagem, entre centenas de outras, onde Deus (Senhor) aparece como Elohim,
mas na verdade a palavra se refere a três homens, que são no sentido bíblico, anjos, para
os quais aplica-se na Bíblia hebraica os termos: Malachim e Elohim. (Ver no apêndice o
estudo – Os Nomes de Deus).
a seguinte passagem, entre centenas de outras, onde Deus (Senhor) aparece como Elohim,
mas na verdade a palavra se refere a três homens, que são no sentido bíblico, anjos, para
os quais aplica-se na Bíblia hebraica os termos: Malachim e Elohim. (Ver no apêndice o
estudo – Os Nomes de Deus).
“Depois apareceu o Senhor (Elohim) a Abraão nos carvalhaes de Manre, estando ele
assentado á porta da tenda no maior calor do dia. Levantou Abraão os olhos e
olhou e viu três homens em pé na sua frente. Vendo-os, correu da porta da tenda
ao seu encontro e prostrou-se em terra” (Gn 18: 1-2;).
assentado á porta da tenda no maior calor do dia. Levantou Abraão os olhos e
olhou e viu três homens em pé na sua frente. Vendo-os, correu da porta da tenda
ao seu encontro e prostrou-se em terra” (Gn 18: 1-2;).
Esta passagem, bem como muitas outras do Gênesis, mostra os anjos sendo adorados e,
além disso, suas aparições são descritas como a do próprio Deus.
além disso, suas aparições são descritas como a do próprio Deus.
· “Disse Deus: Haja luz! E houve luz. E viu Deus que era boa a luz e fez Deus
separação entre a luz e as trevas” (Gn 1:3-4;).
separação entre a luz e as trevas” (Gn 1:3-4;).
O que significa separar a luz das trevas, sendo que as trevas são simplesmente a
ausência da luz, elas começam onde a luz termina. Quem ignora que a luz vem do sol e
que o sol é a fonte de onde ela irradia? Se o sol, no entanto foi criado somente no quarto dia,
como poderia haver luz no primeiro dia? Sabemos que a Terra depende do Sol para produzir
vida e por ele é atraída para empreender seu movimento de translação, sendo assim é óbvio
que a sua criação foi posterior. Como poderia a Terra ter sido criada antes do sol, sendo
ela um satélite deste?
ausência da luz, elas começam onde a luz termina. Quem ignora que a luz vem do sol e
que o sol é a fonte de onde ela irradia? Se o sol, no entanto foi criado somente no quarto dia,
como poderia haver luz no primeiro dia? Sabemos que a Terra depende do Sol para produzir
vida e por ele é atraída para empreender seu movimento de translação, sendo assim é óbvio
que a sua criação foi posterior. Como poderia a Terra ter sido criada antes do sol, sendo
ela um satélite deste?
Esse erro se originou da idéia falsa que se fazia que a Terra fosse o centro do
universo, por contrariá-la Galileu Galilei quase foi levado para a fogueira. Hoje a
astrofísica nos mostra que antes do nosso Sol e da Terra milhões de sóis já existiam
no espaço. Os teólogos tentaram salvar os seis dias da criação procurando interpretá-los
como eras geológicas, todavia, mais de um século atrás, já se sabia que eram arbitrários
os seis períodos geológicos atribuídos aos seis dias do Gênesis.
universo, por contrariá-la Galileu Galilei quase foi levado para a fogueira. Hoje a
astrofísica nos mostra que antes do nosso Sol e da Terra milhões de sóis já existiam
no espaço. Os teólogos tentaram salvar os seis dias da criação procurando interpretá-los
como eras geológicas, todavia, mais de um século atrás, já se sabia que eram arbitrários
os seis períodos geológicos atribuídos aos seis dias do Gênesis.
- “Deus chamou a luz, dia e as trevas, noite. E foi tarde e a manhã, o primeiro
- dia” (Gn 1:14-15;).
Como vemos o primeiro dia já teve tarde e manhã. Teria sido o primeiro dia, um
dia de 24 horas? Mas como se os luminares que controlariam o dia e a noite só seriam
criados no quarto dia?
dia de 24 horas? Mas como se os luminares que controlariam o dia e a noite só seriam
criados no quarto dia?
- Duas narrações da criação do homem:
“Então disse Deus: Façamos o homem a nossa imagem e semelhança [...]. Macho e
fêmea os criou. Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a. Dominai sobre
os peixes, aves dos céus e sobre todos os animais [...]. Tenho-vos dado todas as ervas,
bem como toda árvore em que há fruto que dá sementes” (Gn 1:26,27,28,29;).
fêmea os criou. Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a. Dominai sobre
os peixes, aves dos céus e sobre todos os animais [...]. Tenho-vos dado todas as ervas,
bem como toda árvore em que há fruto que dá sementes” (Gn 1:26,27,28,29;).
Você acabou de ler a primeira narração da criação do homem. O texto afirma que havia
peixes, aves, répteis, enfim, a criação estava completa aquela altura, mas a seguir
temos outra narração contraditória que diz:
peixes, aves, répteis, enfim, a criação estava completa aquela altura, mas a seguir
temos outra narração contraditória que diz:
“Não havia nem planta, nem erva do campo, nem homem para lavrar a terra. Formou
Deus o homem do pó da terra [...]. Não é bom que o homem esteja só. Então o Senhor
Deus fez cair um sono pesado sobre o homem [...]. Da costela que o Senhor Deus
tomou do homem, formou a mulher [...]” (Gn 2: 5,7,18,21,22;).
Deus o homem do pó da terra [...]. Não é bom que o homem esteja só. Então o Senhor
Deus fez cair um sono pesado sobre o homem [...]. Da costela que o Senhor Deus
tomou do homem, formou a mulher [...]” (Gn 2: 5,7,18,21,22;).
Nota: Você acabou de ler duas narrações sobre a criação do homem. A primeira
faz parte de uma tradição mais antiga, a segunda faz parte de uma tradição mais
recente, um acréscimo que foi anexado posteriormente. Do capítulo 1 até 2:3 temos
o texto mais antigo, a partir do verso 4 temos a interpolação posterior.
faz parte de uma tradição mais antiga, a segunda faz parte de uma tradição mais
recente, um acréscimo que foi anexado posteriormente. Do capítulo 1 até 2:3 temos
o texto mais antigo, a partir do verso 4 temos a interpolação posterior.
- Jardim do Éden
“Deste lugar de delícias saia um rio para regar o paraíso, o qual dali se divide em quatro
braços. O nome do primeiro Fisom e é aquele que torneia o país de Havilá, onde se
encontra o ouro. E o ouro deste pais é ótimo; ali se acha também o bdélio e a pedra Ônix.
O nome do segundo rio é Giom; este é aquele que torneia toda a terra da Etiópia. O nome,
porém, do terceiro rio é Tigre, que corre para banda dos assírios. E o quarto é o Eufrates”
(Gn 2:10-14;).
braços. O nome do primeiro Fisom e é aquele que torneia o país de Havilá, onde se
encontra o ouro. E o ouro deste pais é ótimo; ali se acha também o bdélio e a pedra Ônix.
O nome do segundo rio é Giom; este é aquele que torneia toda a terra da Etiópia. O nome,
porém, do terceiro rio é Tigre, que corre para banda dos assírios. E o quarto é o Eufrates”
(Gn 2:10-14;).
Nota: O Dr. Léo Taxil, em sua obra La Bible Amusante escreveu: “A grande maioria dos
comentaristas bíblicos reconhecem que o Pisom é o Araxe, o qual tem sua nascente num
dos locais mais inacessíveis do Cáucaso. Com referência ao Giom há um problema. Este
é o que rodeia toda a terra de Cuxe e de acordo com a Septuaginta e mesmo a Vulgata latina,
a terra de Cuxe (filho de Cão e pai de Nimrod), não é outra senão a Etiópia. Este rio não
é outro senão o Nilo, que corre não na Ásia, mas na África e precisamente em sentido
oposto ao Tigre e Eufrates, de sul á norte. Quanto ao Tigre e Eufrates, eles não provém de um
mesmo rio, ao contrário, formam o Chat-el-Arab que se lança no golfo pérsico. Assim este
imenso jardim do Éden abrangeria um imenso território de montanhas eriçadas, se tornando
nos dias atuais uma das regiões mais inóspitas do globo. Conclusão: estes rios não são
braços de um mesmo rio e além disso, entre as nascentes do primeiro e do segundo há
milhares de quilômetros de distância. Portanto, mais um texto do Gênesis que me parece
equivocado. ”
comentaristas bíblicos reconhecem que o Pisom é o Araxe, o qual tem sua nascente num
dos locais mais inacessíveis do Cáucaso. Com referência ao Giom há um problema. Este
é o que rodeia toda a terra de Cuxe e de acordo com a Septuaginta e mesmo a Vulgata latina,
a terra de Cuxe (filho de Cão e pai de Nimrod), não é outra senão a Etiópia. Este rio não
é outro senão o Nilo, que corre não na Ásia, mas na África e precisamente em sentido
oposto ao Tigre e Eufrates, de sul á norte. Quanto ao Tigre e Eufrates, eles não provém de um
mesmo rio, ao contrário, formam o Chat-el-Arab que se lança no golfo pérsico. Assim este
imenso jardim do Éden abrangeria um imenso território de montanhas eriçadas, se tornando
nos dias atuais uma das regiões mais inóspitas do globo. Conclusão: estes rios não são
braços de um mesmo rio e além disso, entre as nascentes do primeiro e do segundo há
milhares de quilômetros de distância. Portanto, mais um texto do Gênesis que me parece
equivocado. ”
· “Então disse o Senhor: não contenderá o meu espírito para sempre com o homem;
pois este é mortal; os seus dias serão cento e vinte anos” (Gn 6: 3;).
pois este é mortal; os seus dias serão cento e vinte anos” (Gn 6: 3;).
Não se compreende como depois desta promessa atribuída á Deus, viveu Sem 600
anos; Arfaxade 438 anos; Sela 433 anos; Héber 464 anos; Pelegue e Réu 239 anos;
Serugue 230 anos; Naor 148 anos e Terá 205 anos. O próprio Noé viveu mais de 900 anos
(Gn 11:10-25,32;).
anos; Arfaxade 438 anos; Sela 433 anos; Héber 464 anos; Pelegue e Réu 239 anos;
Serugue 230 anos; Naor 148 anos e Terá 205 anos. O próprio Noé viveu mais de 900 anos
(Gn 11:10-25,32;).
· “Por estes foram repartidas as ilhas das nações nas suas terras, cada qual segundo
a sua língua [...]” (Gn 10:5b;).
a sua língua [...]” (Gn 10:5b;).
“Ora a terra toda tinha uma só língua...o povo é um e todos têm uma só língua”
(Gn 11:1,6;).
Como pode no capítulo 10 haver terras com línguas distintas e no capítulo seguinte
a terra voltar a ser de uma só língua? A dedução óbvia é que houve aí um erro na
ordem dos capítulos, nada mais do que isso. Uma contradição ocorrida pela desatenção
se alguém. Só não me pergunte de quem!
a terra voltar a ser de uma só língua? A dedução óbvia é que houve aí um erro na
ordem dos capítulos, nada mais do que isso. Uma contradição ocorrida pela desatenção
se alguém. Só não me pergunte de quem!
· “Foram estes os reis que reinaram na terra de Edom, antes que reinasse rei algum
sobre os filhos de Israel” (Gn 36:31;).
sobre os filhos de Israel” (Gn 36:31;).
Se o Gênesis tivesse sido escrito na época em que sustentam os teólogos cristãos,
jamais este verso poderia estar contido nele. Como o escriba que o redigiu poderia
adivinhar que dezenas de séculos no futuro a monarquia teocrática seria estabelecida
em Israel? Esta passagem é mais uma prova de que o Gênesis foi escrito por ocasião do
cativeiro na Babilônia.
jamais este verso poderia estar contido nele. Como o escriba que o redigiu poderia
adivinhar que dezenas de séculos no futuro a monarquia teocrática seria estabelecida
em Israel? Esta passagem é mais uma prova de que o Gênesis foi escrito por ocasião do
cativeiro na Babilônia.
O Gênesis Reinterpretado
Culturas mais antigas que a hebraica também possuem a sua cosmogonia, o seu registro
sobre a criação primordial. Segundo os indianos Deus criou um homem chamado Adama,
uma mulher chamada Heva, e então descansou. Os sumérios, gregos, caldeus, assírios,
egípcios, chineses tiveram seu Jardim do Éden e sua árvore da vida. Os persas, os
povos da Mesopotâmia e do sul da Índia, todos tinham sua estória sobre a tentação do
homem e a serpente astuta. Os chineses acreditavam que o mal caiu sobre a terra por
desobediência de uma mulher. Até os habitantes do Taiti acreditavam que o primeiro
homem fora criado da terra, e a primeira mulher dos seus ossos. A lenda da criação
contida no Zend-Avesta, livro sagrado dos persas, tem um conteúdo idêntico ao Livro
da Criação hebraico:
sobre a criação primordial. Segundo os indianos Deus criou um homem chamado Adama,
uma mulher chamada Heva, e então descansou. Os sumérios, gregos, caldeus, assírios,
egípcios, chineses tiveram seu Jardim do Éden e sua árvore da vida. Os persas, os
povos da Mesopotâmia e do sul da Índia, todos tinham sua estória sobre a tentação do
homem e a serpente astuta. Os chineses acreditavam que o mal caiu sobre a terra por
desobediência de uma mulher. Até os habitantes do Taiti acreditavam que o primeiro
homem fora criado da terra, e a primeira mulher dos seus ossos. A lenda da criação
contida no Zend-Avesta, livro sagrado dos persas, tem um conteúdo idêntico ao Livro
da Criação hebraico:
“Ormuz, o deus bom, colocou na terra o primeiro homem e a primeira mulher, Meshia e
Meshiahé, destinados a viverem com todos os seres criados. Prometeu-lhes felicidade
neste e no outro mundo, com a condição de o adorarem como o autor de todos os bens.
Durante muito tempo o casal se conformou com isso e suas palavras, pensamentos e ações
eram puros e executaram a vontade de Ormuz, mas um dia, o deus do mal, Ariman,
apareceu-lhes sob a pele de uma serpente, os enganou pela habilidade de sua palavra
e os fez adorá-lo. Desde então, suas almas foram condenadas ao inferno até a ressurreição.
A vida tornou-lhes cheia de penas e de sofrimentos, um demônio lhes trouxe uma fruta
sobre a qual eles se atiraram sedentos. Foi a segunda fraqueza em conseqüência da qual,
seus males dobraram, caminhando de tentação em tentação, de queda em queda, só
conseguindo prover o sustento com muito esforço e fadiga”.
Meshiahé, destinados a viverem com todos os seres criados. Prometeu-lhes felicidade
neste e no outro mundo, com a condição de o adorarem como o autor de todos os bens.
Durante muito tempo o casal se conformou com isso e suas palavras, pensamentos e ações
eram puros e executaram a vontade de Ormuz, mas um dia, o deus do mal, Ariman,
apareceu-lhes sob a pele de uma serpente, os enganou pela habilidade de sua palavra
e os fez adorá-lo. Desde então, suas almas foram condenadas ao inferno até a ressurreição.
A vida tornou-lhes cheia de penas e de sofrimentos, um demônio lhes trouxe uma fruta
sobre a qual eles se atiraram sedentos. Foi a segunda fraqueza em conseqüência da qual,
seus males dobraram, caminhando de tentação em tentação, de queda em queda, só
conseguindo prover o sustento com muito esforço e fadiga”.
O Épico da Criação Babilônica
Em 1849 o arqueólogo Henry Layard encontrou na antiga capital dos assírios, Nínive,
na colina de Kuiundjik, o palácio de Assurbanipal (884-859 a.C.), que abrigava uma
biblioteca composta de milhares de volumes, os quais constituem a chave para a compreensão
de toda a civilização assírio-babilônica. Seus volumes englobavam toda a sabedoria do
seu tempo: Ocultismo – filosofia – astronomia – listas dos reis – relatos históricos – literatura
poética – canções e hinos sagrados. Composta na sua maioria de cópias dos originais
babilônicos muito mais antigos. Um tesouro de valor incalculável que, devidamente
acondicionado, partiu para a longa viagem de Nínive á Inglaterra e ao Museu Britânico.
na colina de Kuiundjik, o palácio de Assurbanipal (884-859 a.C.), que abrigava uma
biblioteca composta de milhares de volumes, os quais constituem a chave para a compreensão
de toda a civilização assírio-babilônica. Seus volumes englobavam toda a sabedoria do
seu tempo: Ocultismo – filosofia – astronomia – listas dos reis – relatos históricos – literatura
poética – canções e hinos sagrados. Composta na sua maioria de cópias dos originais
babilônicos muito mais antigos. Um tesouro de valor incalculável que, devidamente
acondicionado, partiu para a longa viagem de Nínive á Inglaterra e ao Museu Britânico.
Enuma Elish, o texto da criação dos babilônios está escrito em sete tabletes,
cada um contendo de 115 á 170 linhas. Foi supostamente escrito no 12° século a.C.,
mas há também aqueles que o dizem ser ainda mais antigo. O Dr. George Smith
primeiramente o publicou em 1876 sob o título “O Gênesis Caldeu - texto Acadiano
em antigo dialeto babilônico”. O acádico era a linguagem diplomática da época
do rei Assurbanipal, estas placas são cópias daquelas que se encontravam na
biblioteca da Babilônia no tempo do grande rei Hamurabi.
cada um contendo de 115 á 170 linhas. Foi supostamente escrito no 12° século a.C.,
mas há também aqueles que o dizem ser ainda mais antigo. O Dr. George Smith
primeiramente o publicou em 1876 sob o título “O Gênesis Caldeu - texto Acadiano
em antigo dialeto babilônico”. O acádico era a linguagem diplomática da época
do rei Assurbanipal, estas placas são cópias daquelas que se encontravam na
biblioteca da Babilônia no tempo do grande rei Hamurabi.
Pouco antes de 1900, nas sóbrias salas do Museu Britânico, os velhos textos
começaram a narrar de novo, após uma pausa de dois mil e quinhentos anos, um
dos mais belos poemas do antigo Oriente, a cantar pela primeira vez para os
assiriólogos a epopéia de Gilgamesh, o rei de Uruk meio deus, meio homem. Nela
se encontram todos estes elementos: o dilúvio, a arca, os animais, a pomba que
fora enviada três vezes, e a montanha na qual a arca descansou. A obra da
criação do deus babilônico está registrada em seis tabletes de pedra. Na sétima o
seu trabalho é exaltado. Assim entendemos que os sete dias da criação do
Genesis bíblico achado na Bíblia se baseou nos registros babilônicos, cuja
origem está nos registros sumérios.
começaram a narrar de novo, após uma pausa de dois mil e quinhentos anos, um
dos mais belos poemas do antigo Oriente, a cantar pela primeira vez para os
assiriólogos a epopéia de Gilgamesh, o rei de Uruk meio deus, meio homem. Nela
se encontram todos estes elementos: o dilúvio, a arca, os animais, a pomba que
fora enviada três vezes, e a montanha na qual a arca descansou. A obra da
criação do deus babilônico está registrada em seis tabletes de pedra. Na sétima o
seu trabalho é exaltado. Assim entendemos que os sete dias da criação do
Genesis bíblico achado na Bíblia se baseou nos registros babilônicos, cuja
origem está nos registros sumérios.
O Noé Sumério
Na epopéia original, um clássico da literatura suméria, esculpido há 5 mil anos,
lemos a história de Ziusudra, um herói que sobrevive a uma enorme enchente graças
a sua devoção ao deus Enki. Esta Divindade teria decidido destruir a humanidade,
mas poupado o seu eleito e o aconselhou a levar consigo as sementes de todos
os seres vivos. Ziusudra esperou sete dias, até soltar uma andorinha, um pombo e
um corvo para verificar se a água já havia baixado.
lemos a história de Ziusudra, um herói que sobrevive a uma enorme enchente graças
a sua devoção ao deus Enki. Esta Divindade teria decidido destruir a humanidade,
mas poupado o seu eleito e o aconselhou a levar consigo as sementes de todos
os seres vivos. Ziusudra esperou sete dias, até soltar uma andorinha, um pombo e
um corvo para verificar se a água já havia baixado.
O Noé Babilônico
Mil anos depois, esta lenda sumeriana ressurgiria em um mito da Babilônia,
a epopéia de Gilgamesh, relato da vida de um rei sumério que governava a cidade
de Uruk. Neste relato, idêntico ao anterior, o personagem Ziusudra reaparece como
Utnapishtim, o deus Enki como Ea. Qualquer semelhança entre os relatos mesopotâmicos
com o do Gênesis não é considerado mera coincidência pelos estudiosos.
a epopéia de Gilgamesh, relato da vida de um rei sumério que governava a cidade
de Uruk. Neste relato, idêntico ao anterior, o personagem Ziusudra reaparece como
Utnapishtim, o deus Enki como Ea. Qualquer semelhança entre os relatos mesopotâmicos
com o do Gênesis não é considerado mera coincidência pelos estudiosos.
A epopéia de Gilgamesh pertence aos tesouros culturais de todas as grandes nações
do antigo Oriente. Sem dúvida a redação original desta narração, o mundo deve aos
sumérios, cujo povo erigiu a primitiva Ur. Gilgamesh, diz a inscrição cuneiforme da
tabuinha XI da Biblioteca de Nínive, está decidido a assegurar sua imortalidade e
empreende uma longa e aventurosa viagem a fim de encontrar seu antepassado
Utnapishti, do qual espera saber o mistério da imortalidade, que os deuses lhe conferiram.
Chegando a ilha onde vive Utnapishti, Gilgamesh interroga-o sobre o mistério da vida
e este conta-lhe que viva em Shuruppak e era um fiel adorador do deus Ea.
do antigo Oriente. Sem dúvida a redação original desta narração, o mundo deve aos
sumérios, cujo povo erigiu a primitiva Ur. Gilgamesh, diz a inscrição cuneiforme da
tabuinha XI da Biblioteca de Nínive, está decidido a assegurar sua imortalidade e
empreende uma longa e aventurosa viagem a fim de encontrar seu antepassado
Utnapishti, do qual espera saber o mistério da imortalidade, que os deuses lhe conferiram.
Chegando a ilha onde vive Utnapishti, Gilgamesh interroga-o sobre o mistério da vida
e este conta-lhe que viva em Shuruppak e era um fiel adorador do deus Ea.
Quando os deuses tomaram a resolução de exterminar a humanidade por meio
de uma inundação, Ea avisou-lhe dando a seguinte ordem:
de uma inundação, Ea avisou-lhe dando a seguinte ordem:
“Homem de Shuruppak: destrói tua casa e constrói um navio. Abandona as
riquezas despreza os bens e salva a vida! Introduza toda sorte de semente de
vida no navio que deves construir, as medidas devem ser bem tomadas”.
riquezas despreza os bens e salva a vida! Introduza toda sorte de semente de
vida no navio que deves construir, as medidas devem ser bem tomadas”.
A fim de facilitar a comparação entre a narração bíblica com Noé e a de
Gilgamesh com Utnapishti examine o Gênesis (capítulo 6 até 8:21;). Segue a narração babilônica:
Gilgamesh com Utnapishti examine o Gênesis (capítulo 6 até 8:21;). Segue a narração babilônica:
“No quinto dia tracei sua forma., sua base media doze Iku (três mil e quinhentos
metros quadrados).
metros quadrados).
Suas paredes mediam dez gar de altura cada uma (seis metros).
Dei-lhe seis andares. Joguei no forno seis sar (medida desconhecida) de breu.
Tudo que eu tinha carreguei e toda a sorte de semente de vida.
Coloquei no navio toda a minha família e parentela.
Toda cólera de Adad chega até o céu, toda a claridade se transforma em escuridão.
Seis dias e seis noites sopra o vento, o dilúvio, a tempestade do sul assola a Terra.
Quando chegou a sétimo dia, a tempestade do sul, o dilúvio, foi abatida.
O mar se acalma e fica imóvel, e toda a humanidade se transforma em lodo.
Abri o respiradouro e a luz caiu no meu rosto. O navio pousou no monte Nisir.
O monte Nisir prendeu o navio e não o deixou flutuar.’
Heróis Diluvianos da Mesopotâmia
Ziusudra (sumeriano), Atrahasis (acadiano), Utnapishtim (babilônico) são os
principais heróis diluvianos. Embora cada versão tenha elementos distintos,
há muitos elementos comuns em cada versão. A mais antiga versão do mito
do dilúvio foi preservada em fragmentos que datam de 2600 a.C., são
as mais antigas literaturas conhecidas. Acredita-se que estas influenciaram
diretamente o Livro da Criação hebraico.
principais heróis diluvianos. Embora cada versão tenha elementos distintos,
há muitos elementos comuns em cada versão. A mais antiga versão do mito
do dilúvio foi preservada em fragmentos que datam de 2600 a.C., são
as mais antigas literaturas conhecidas. Acredita-se que estas influenciaram
diretamente o Livro da Criação hebraico.
“Os babilônios, assírios, persas, hititas e egípcios, leram e contaram esta história
uns aos outros (Werner Keller – E A Bíblia Tinha Razão, p. 46.)”.
uns aos outros (Werner Keller – E A Bíblia Tinha Razão, p. 46.)”.
Extraído do Livro PARADOXOS DA BIBLIA.